JOAQUIM MARTINS
Dia Mundial da Criança
Dia Mundial da Criança – Celebra-se amanhã o Dia Mundial da Criança. É tempo oportuno para voltar a sonhar. Para (re)ver a nossa infância e os sonhos que imaginámos. Para nós e para os nossos filhos. Para olhar o Mundo de hoje, com os olhos do coração, e ver o que podemos fazer para torná-lo mais acolhedor e seguro para as crianças de amanhã. Há demasiados dramas no Mundo e demasiadas fomes de pão e de paz. Não podemos ignorar. Nem fechar os olhos. O relatório da Unicef, divulgado há dias, traz-nos números esmagadores: Em 2016, 535 milhões de crianças, (1/4 da população infantil do Mundo!) foram afetadas pelos desastres naturais, pelos conflitos, pela violência ou pela crise; Nos últimos dois anos 200.000 crianças, sozinhas, pediram refúgio em 80 países; 100.000 menores, desacompanhados, foram detidos na fronteira entre os Estado Unidos e o México; 170.000 adolescentes sozinhos pediram asilo político na Europa.
Apelos da Unicef à ONU, para reforço de meios, já desta semana, dão conta de 400.000 crianças em risco de desnutrição aguda na República Democrática do Congo e de 200 crianças refugiadas congolesas que chegaram sozinhas a Angola. São notícias chocantes a juntar àquelas que quase diariamente nos chegam do Mediterrâneo onde já morreram mais de 200 crianças desde janeiro…
No Dia Mundial da Criança, importa encarar este problema, acordar a consciência política dos governantes e apelar a gestos de solidariedade dos países, das instituições e dos cidadãos.. Há muitas crianças a precisar de ajuda. Lá fora e mesmo cá dentro, onde há centenas de crianças institucionalizadas, a precisar de famílias que as adotem e lhes deem o carinho e o colo que precisam.
Felizmente, na nossa cidade as crianças vão ter festa, um dia inesquecível, o Happy Day em que a Autarquia vai reunir as crianças, de todas as escolas do Concelho e proporcionar-lhes um dia de convívio e sonho que não vão esquecer. É fundamental que as crianças possam sonhar. O Papa Francisco que, há dias recebeu 200 crianças, filhos de reclusas de Itália, além das recomendações de caráter religioso, pediu-lhes que “nunca deixem de sonhar!”.
É fundamental. “O sonho comanda a vida!...”