Fórum Empresarial do Concelho de Proença-a-Nova
Câmara apresenta novos apoios ao tecido empresarial
O primeiro Fórum Empresarial do Concelho de Proença-a-Nova, realizado dia 24 de fevereiro, contou com a participação de mais de 100 empresas.
No encontro foram apresentadas medidas de apoio concelhias, regionais e nacionais, disponíveis para o tecido empresarial.
Durante a iniciativa, que contou com a presença do secretário de Estado do Desenvolvimento e Coesão, Nelson de Souza, o presidente da Câmara de Proença-a-Nova, João Lobo, revelou os principais resultados do inquérito que o autarquia realizou junto das empresas do Concelho, no mês de janeiro, adiantando que “a relação entre empresas e administração pública local é muito mais profícua se, de facto, conhecermos com objetividade aquilo que os nossos empresários necessitam e, desta forma, articularmos com maior assertividade os objetivos que são comuns”.
Segundo foi adiantado, da análise às respostas do inquérito sobressaem dados como o facto de mais de 50 por cento das empresas auscultadas terem sido criadas nas últimas duas décadas e pertencerem, essencialmente, ao setor terciário (comércio de produtos, alojamento e restauração e/ou bebidas, entre outros). 21 por cento das empresas que responderam ao inquérito exportam e em 2016, mais de metade recorreu a formação, com especial incidência na que diz respeito à área de negócio.
Foi ainda divulgado que as empresas pretendem essencialmente apoios da parte da Câmara para manutenção e melhorias das infraestruturas e espaços envolventes, consulta e aquisição de bens ou serviços ou promoção e divulgação da empresa.
João Lobo afirmou ainda que “atendendo aos resultados do inquérito e àquilo que são as expectativas criadas, vamos propor também, e é isso que nos compete, apoios que visam a empregabilidade, a formação e a inovação, propostas estas que vão agora ser regulamentadas”.
Entre os incentivos destacam-se a reprogramação do Proença Finicia, criado para empresas já estabelecidas e que podem requerer um apoio até 35 mil euros, 20 por cento do qual disponibilizado pela Câmara na forma de subsídio reembolsável sem juros. Se a empresa criar três postos de trabalho, pode ficar isenta do reembolso na totalidade, ou a percentagem de reembolso pode variar entre os 40 e os 70 por cento se criar um ou dois postos de trabalho, respetivamente.
Foram ainda apresentados incentivos à realização de estágios profissionais, à criação líquida de emprego e à criação do próprio emprego.
O secretário de Estado do Desenvolvimento e Coesão, Nelson de Souza, apresentou algumas boas notícias da economia portuguesa, nomeadamente a taxa de crescimento medido pelo Produto Interno Bruto de 1,4 por cento, acima das previsões, o crescimento das exportações e a descida da taxa de desemprego.
Nelson de Souza realçou que “o mérito vai, naturalmente, para as empresas que todos os dias fazem progredir a economia do País”.
De acordo com Nelson de Souza, o desenvolvimento do País tem de ser feito com “a totalidade das parcelas do território nacional”, para que seja “consistente e sustentável no tempo”. Traduzindo essa aposta, na primeira quinzena deste mês é apresentada a nova versão do Sistema de Incentivos ao Empreendedorismo e ao Emprego (SI2E), que responderá a novas necessidades e haverá majoração para regiões com as características de Proença-a-Nova. Serão as associações DLBC (abaixo dos 100 mil euros) e as CIM (entre os 100 e os 200 mil euros) a fazer a gestão, com o membro do Governo a realçar que “entendemos que vai ser melhor gerido por quem está no território e o conhece melhor”.
Nas restantes apresentações do Fórum Empresarial, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) apresentou as quatro áreas prioritárias do Portugal 2020 e as verbas disponíveis para cada uma delas. A presidente da CCDRC, Ana Abrunhosa, incentivou os empresários a procurarem a colaboração com as instituições de Ensino Superior, no sentido de criar valor acrescentado aos seus produtos e fendeu que “a inovação não tem que ser tecnológica”. Estas e outras parcerias, quer com instituições de ensino quer com outras empresas, podem fazer a diferença quando se pretende internacionalizar, por exemplo.
O diretor do Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação, (IAPMEI), André março, apresentou soluções de crédito que estão disponíveis para empresas de todas as dimensões, incluindo em fase de criação.
Cristina Valério, coordenadora na Casa da América Latina, falou sobre Exportação e internacionalização no mercado da América Latina; Maria da Saúde Inácio, partner da TurnAround Social, refletiu sobre Como investir na Comunidade, e Augusto Nogueira, coordenador da Pinhal Maior, apresentou o tema Incentivos às micro e pequenas empresas DLBC.
No Fórum Empresarial foram ainda distinguidas as PME Líder e Excelência do Concelho de 2012 a 2016, um selo de reputação de empresas criado pelo IAPMEI para reconhecer o mérito das pequenas e médias empresas (PME) nacionais com desempenhos superiores, que é atribuído em parceria com o Turismo de Portugal e um conjunto de bancos parceiros, tendo por base as melhores notações de rating e indicadores económico e financeiros. Assim, foram distinguidas as empresas Joaquim Farinha & Filhos, Pinhal Fer, Rica Granja, Ambienti D’Interni, SuperProença, José Gomes da Costa, Américo Rodrigues Rolo, Transportes Eduardo Cardoso, José Lourenço, José Lourenço & Filhos, PinhalNova e Soprotaco.
Na sessão foi também divulgado o vídeo promocional Proença-a-Nova: A energia que nos move. Temos Futuro!.