21 de fevereiro de 2018

Benedicta Duque Vieira
Um povo no Ano Europeu do Património Cultural

Evocando Santa Águeda, cuja festa litúrgica se celebrou no dia 5, com missa celebrada na ermida junto à barragem que abastece de água tantas das nossas populações, aconteceram na Póvoa uma série de iniciativas que, não se duvida, ficarão na memória dos muitos que nelas participaram. O mote veio da consagração do ano de 2018 como Ano Europeu do Património Cultural, uma oportunidade para, em conjunto, cuidarmos do que nos une e do que nos identifica. O estímulo veio da disponibilidade de alguns em colaborarem com o seu saber, com o seu trabalho, com o sua ajuda monetária para as pequenas mas inevitáveis despesas, e veio também do gosto com que tantos aderiram e incentivaram as várias realizações.
Sob o lema Valorizar e preservar tradições cumpriu-se um programa cultural delineado com sentido de urgência (as festas tradicionais da Póvoa estão sendo deixadas morrer), com sentido de adaptação (encontrando novas formas de celebração mantendo o espírito da festa), com sentido de coesão (envolvendo as instituições locais e as várias gerações), com sentido de continuidade (abrindo caminho a realizações ao longo de todo o ano).
Assim, dia 3, ouviu-se na igreja matriz um concerto pelo Orfeão de Castelo Branco, que executou um programa que teve o seu momento alto com a interpretação da música tradicional da romaria de Santa Águeda com um arranjo recente do maestro Rui Barata, a que se juntaram depois as vozes dos assistentes acompanhados a adufe e viola beiroa. De seguida inaugurou-se no salão da Junta de Freguesia, uma exposição de patchwork, “Pequenos Retalhos, Memórias e Tradições”, que surpreendeu pela variedade e qualidade dos trabalhos – beneficiados pela montagem concebida pelo professor e designer Carlos Matos tirando partido dos modestos equipamentos da Freguesia cedidos pela Junta – que dialogaram com algumas peças antigas religiosamente preservadas pelas famílias.
No dia seguinte, na Casa da Cultura, em mais um encontro de “Leituras, Leitores e Muito Mais”, cantou-se, aprendeu-se a tocar adufe, evocaram-se com fotografias e textos festas passadas em louvor de Santa Águeda e lembrou-se, com saudade, o velho Entrudo. Finalizou a tarde com uma animada e divertida escolha dos “compadres” e das “comadres”, outra tradição a valorizar. Lá estaremos na Páscoa, a festejar a Senhora da Encarnação e a trocar as amêndoas.
A despertar consciências, os meninos e meninas do Jardim de Infância e do 1º ciclo, tiveram com “ A albufeira de Santa Águeda contada às crianças” ilustrada por um vídeo elaborado pela Plataformas de defesa da albufeira, uma sensibilização aos problemas das águas e da arborização na envolvente da barragem, problemas que são uma ameaça para o seu próprio futuro.

21/02/2018
 

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