CONGRESSO DA FEDERAÇÃO DISTRITA
Partido Socialista quer “reforçar a coesão e construir o futuro”
O Partido Socialista (PS) realizou, no passado sábado, em Proença-a-Nova, o XVIII Congresso da Federação Distrital de Castelo Branco.
No encontro distrital dos socialistas, a presidente da Federação, Hortense Martins, apresentou a moção Reforçar a Coesão e Construir o Futuro, que foi aprovada, por unanimidade, apresentando como alguns dos seus pontos chave, continuar a apoiar a execução do programa do Governo, a par da importância da Unidade de Missão para a Valorização do Interior, do programa de revitalização do Pinhal Interior, da descentralização, e de reforçar a economia, cultura e turismo. Conjunto a que se soma ainda o defender o ambiente e o território, mais serviços públicos para o Interior, sem esquecer as áreas sociais, com a saúde e a solidariedade, bem como a educação e Ensino Superior, ao que há ainda a acrescentar a importância das infraestruturas
Hortense Martins, na apresentação da moção, quanto ao reforço da coesão social, afirmou que deve ser feita “partindo da realidade concreta do nosso território, mas também dos condicionalismos da geografia humana, o PS desenvolve as suas políticas tendo em conta a necessidade de apoio social aos segmentos das populações mais carenciados. Mas também com uma visão de futuro, tentando reter e atrair novos quadros numa estratégia que pretende rever a demografia, que se pretende impor, como uma quase fatalidade, que recusamos”.
No que se refere à coesão territorial, a finalidade é “potenciar o nosso território, na sua integridade. O PS desenvolverá políticas que promovam maior coesão territorial e a diminuição da dicotomia Litoral interior. Mas também dentro do seu território tendo especial atenção para os concelhos eminentemente rurais e que beneficiam da articulação transfronteiriça”, concluindo que “vencer o desafio passa por políticas fortes e direcionadas, com novas dinâmicas de atração de pessoas”.
Já quanto à construção do futuro, Hortense Martins adianta que esta é “uma visão que tem em conta os desafios que se apresentam no curto prazo, nomeadamente ao nível eleitoral e tem uma visão estratégica para o seu território, que aposta nos seus recursos endógenos, mas que também tem capacidade de inovação e deve estabelecer medidas para reforço da competitividade destes territórios e que assegure um futuro melhor aos Beirões e a todos os que aqui escolher residir e trabalhar”.
No Congresso da Federação Distrital foram ainda aprovadas, também por unanimidade, mais duas moções.
Uma é a da moção Descentralizar e Regionalizar – Opções inadiáveis, que tem como primeiro subscritor João Carvalhinho.
A outra é a moção Romper com a Resignação: Pela Construção do IC31, que tem como primeiro subscritor Jorge Neves e na qual o Congresso Distrital “exige ao Governo que dê prioridade absoluta à construção do IC31, sempre em perfil de autoestrada, tendo em conta que se trata de uma infraestrutura estrategicamente importante, senão mesmo fulcral, para a promoção da coesão territorial e para a redução das assimetrias entre o Litoral e o Interior”.
No decorrer dos trabalhos do Congresso foram ainda aprovadas as listas para os órgãos do PS distrital, sendo que a Comissão Política Distrital foi aprovada com com 97 por cento dos votos, a Comissão Fiscalização Económica e Financeira também com 97 por cento dos votos e a Comissão de Jurisdição com 94 por cento dos votos.