DE MALPICA DO TEJO A OEIRAS
VI Cruzeiro Religioso e Cultural do Tejo chega ao fim
O VI Cruzeiro Religioso e Cultural do Tejo que ligou Malpica do Tejo, no Concelho de Castelo Branco, a Oeiras, entre os 30 de maio e 24 de junho, numa distância de 260 quilómetros pelo Rio Tevo e teve como objetivo principal aproximar as comunidades ribeirinhas, num percurso com 12 etapas e 47 paragens nas suas margens, chegou ao fim.
Realizado por embarcações típicas do Tejo, como o tradicional picareto, a bateira e o varino e a canoa do Grande Estuário, que transportaram a imagem de Nossa Senhora dos Avieiros e do Tejo, em peregrinação fluvial às comunidades ribeirinhas e às aldeias Avieiras, o Cruzeiro teve como objetivos reforçar a identidade das comunidades, aproximando-as através da par- tilha cultural e religiosa; aproximar as comunidades do Rio Tejo, para usufruírem da sua riqueza; transformar as comunidades ribeirinhas em elementos divulgadores das enormes potencialidades do Rio, na área do turismo sustentável e das culturas a ele associadas.
O Cruzeiro refez, simbolicamente, a ligação fluvial da região de Malpica e Vila Velha de Ródão com o grande estuário do Tejo, interrompida no final do Século XIX com a chegada do comboio, depois da saída do último barco de água-acima.
A Imagem de Nossa Senhora dos Avieiros e do Tejo, foi consagrada em Santarém no ano de 2013 pelo Bispo de Santarém e coroada em Vila Velha de Ródão no ano de 2014 pelo Bispo de Portalegre e Castelo Branco, tendo participado nos seis Cruzeiros Religiosos e Culturais do Tejo realizados entre 2013 e 2018, tendo sido sempre transportada numa embarcação-guia, uma bateira Avieira de nome Nossa Senhora dos Avieiros e do Tejo.
Durante o percurso sucederam-se diversas paragens e pernoitas dos peregrinos em aldeias Avieiras e comunidades ribeirinhas ao longo do Tejo, com cerimónias religiosas e eventos culturais organizados pelas equipas locais, que juntaram câmaras municipais, juntas de freguesia, agrupamentos de escolas, associações e empresas privadas, num total de mais de 150 entidades.
Também se registou, de novo, a presença da Marinha Portuguesa, com a participação de dois botes e de quatro fuzileiros, que garantiram a segurança de peregrinos e de embarcações.
Nas diversas paragens das 12 etapas acederam ao Tejo 10.700 pessoas, tendo o cortejo fluvial sido participado por 242 embarcações.
O VII Cruzeiro será realizado em 2019, em datas a anunciar, e a organização conta iniciá-lo, pela primeira vez, em Espanha.