Festival do Peixe do Rio deu o mote à criação da Confraria dos Apreciadores de Peixe do Rio
A Freguesia de São Pedro do Esteval, em Proença-a-Nova, recebeu, dia 7 de julho, o Festival do Peixe do Rio, que ficou marcado pelo primeiro passo para a criação da Confraria dos Apreciadores do Peixe do Rio, uma iniciativa proposta pela Associação Cultural, Recreativa e Desportiva do Padrão e pela inauguração das obras de requalificação do Largo da Igreja de São Pedro do Esteval.
No certame, o presidente da Câmara de Proença-a-Nova, João Lobo, recordou que este festival gastronómico se junta aos três já existentes, “fechando o ciclo de promoção dos nossos produtos endógenos em cada uma das nossas freguesias. Iniciámos este objetivo há já alguns anos com o Festival da Cereja e do Limão, em Montes da Senhora, depois o Festival do Plangaio e do Maranho, em Sobreira Formosa, sem esquecer o Festival da Tigelada e do Mel e a da Festa do Município na sede de Concelho. São Pedro do Esteval recebe este certame, promovendo os produtos autênticos que as linhas de água nos proporcionam e que fazem parte da gastronomia do nosso concelho”.
Por seu lado, o presidente da Associação Cultural, Recreativa e Desportiva do Padrão, Nuno Sabino, afirmou que a aldeia do Padrão que, por gozar da localização privilegiada junto a duas linhas de água, “sempre viveu em consonância com a fauna que o Rio Ocreza e a Ribeira da Pracana proporcionam, principalmente o peixe do rio, onde se destaca o barbo, a boga e a enguia. Desde tenra idade que todos os naturais desta aldeia foram interiorizando a importância deste recurso, convivência diária quer pelos banhos e outras brincadeiras, quer pelo sustento. É esta vivência passada que queremos passar às gerações futuras e é nesse sentido que nos propomos criar a Confraria dos Apreciadores do Peixe do Rio, entidade que terá esse papel de preservar o passado, projetando-o no futuro, sem esquecer que os verdadeiros apreciadores de peixe do rio são todos aqueles que sabem respeitar e preservar toda a cadeia de valor, desde a pesca até que se torne numa iguaria”.
Largo da Igreja
inaugurado
Sobre a inauguração do Largo da Igreja de São Pedro do Esteval, João Lobo afirmou que esta obra “vem ao encontro da estratégia do Município que tem vindo a ser desenvolvida em vários locais do Concelho, promovendo a atratividade do espaço urbano para a sua vivência, configurando nova mobilidade e traduzindo-se também na própria autoestima dos residentes já respondida pelas diversas críticas positivas”.
O autarca aproveitou ainda para falar sobre os novos desenvolvimentos da possibilidade de criação da nova unidade de produção de galinhas da Lusiaves, a instalar em São Pedro do Esteval, que com a aprovação pelo ICNF da desafetação dos terrenos da Carta de Risco de Incêndio intrega uma nova etapa.
A arruada pelo grupo Tóc & Ródão marcou a abertura oficial deste festival gastronómico que contou com o XII Convívio de Pesca Desportiva, também promovido pela Associação Cultural, Recreativa e Desportiva do Padrão, e um convívio no domingo, 8 de julho, do jogo da malha na antiga Escola Primária de São Pedro do Esteval.
A primeira edição do Festival do Peixe do Rio encheu o recinto junto à Casa do Povo, onde os presentes tiveram a oportunidade para provar algumas iguarias típicas, asseguradas por seis associações da freguesia, que foram a Associação de Caçadores de São Pedro do Esteval, Comissão de Festas de São Pedro do Esteval, Casa do Povo da Palhota, Associação Cultural, Recreativa e Desportiva do Padrão, Centro Cultural e Recreativo da Lameira d’Ordem e Centro Cultural e Recreativo da Murteirinha, como as sopas de peixe do rio, este prato tão tradicional e que era comum nas casas dos antigos pescadores do Rio Ocreza e da Barragem da Pracana, mas também o peixe frito e outros pratos que fazem parte gastronomia do Concelho como o javali, a chanfana ou a tigelada, entre outros.
O atelier O Queijo, integrado no projeto Beira Baixa Cultural, foi um dos pontos altos da tarde de sábado. Nesta oficina conduzida pelo Centro Ciência Viva da Floresta, os participantes aprenderam os truques e as técnicas da confeção do queijo, como ordenhar, coalhar o leite e prensar o queijo com as mãos, até conseguir a forma certa.
A Sociedade Filarmónica União Maçaense animou a tarde, seguida do acordeonista Fábio Farinha, e a noite fechou com as atuações do grupo musical Remix e do DJ R3AKTIV.