PRÉMIO INTERNACIONAL DE POESIA ANTÓNIO SALVADO - CIDADE DE CASTELO BRANCO
Participação ultrapassa os 500 poemários
O Prémio Internacional de Poesia António Salvado – Cidade de Castelo Branco, promovido pela Câmara e pela Junta de Freguesia de Castelo Branco, contou com a apresentação de mais de 500 poemários, sendo que destes foram selecionados 479 para serem entregues ao júri.
Estes números foram revelados pelo presidente da Junta de Freguesia, Leopoldo Rodrigues, na Assembleia de Freguesia realizada na passada quinta-feira, 27 de setembro, ocasião em que adiantou que “temos poemários de 36 nacionalidades de autores residentes em 36 países”, bem como que “o país com maior número de representantes é a Espanha, com 42 por cento; seguida de Portugal, com 11,30 por cento; da Argentina, com 7,75 por cento; do México, com 6,50 por cento; e de Cuba, com 6,30 por cento”.
Neste conjunto estão representados cidadãos de quatro continentes, sendo 260 europeus (54,27 por cento), 216 americanos (45,11 por cento), dois africanos (0,41 por cento) e um asiático (0,21 por cento).
Números que levam Leopoldo Rodrigues a salientar que Prémio Internacional de Poesia António Salvado – Cidade de Castelo Branco “se não for o maior prémio de poesia em Portugal, será um dos maiores”.
O autarca destaca que “devemos este êxito ao poeta António Salvado”, não deixando também de se referir a Alfredo Pérez Alencart, a Pedro Salvado e ao executivo da Junta”.
Leopoldo Rodrigues, referindo-se ao Prémio, sublinha que “acho difícil encontrar uma forma de projetar Castelo Branco com tão pouco dinheiro”, porque aquilo que se gasta “são dois ou três mil euros na promoção, ao que se somam os dois prémios de 2.500 euros cada”.
Ainda no âmbito do Prémio, Leopoldo Rodrigues revelou que dia 17 de outubro, “no âmbito das comemorações dos 800 anos da Universidade de Salamanca, terá lugar, no decorrer do XXI Encontro de Poetas Ibero-americanos, uma atuação da fadista Ana Paula Martins Gonçalves, acompanhada pelos músicos Custódio Azevedo Fidalgo do Castelo, Miguel Nuno Marques Carvalhinho, José Filomeno Martins Raimundo e Pedro Miguel Reixa Ladeira”.
O espetáculo realiza-se a partir das 20 horas e “surge integrado na estratégia de divulgação da cultura portuguesa, promovida pela Junta de Freguesia de Castelo Branco, em Salamanca, associada ao Prémio Internacional de Poesia António Salvado Cidade de Castelo Branco”.
Na atuação será interpretado um pequeno instrumental e três temas cantados. O primeiro tema cantado será o poema da Cantiga, Partindo-se do poeta João Roiz de Castelo Branco. O segundo tema o Fado de Castelo Branco e o terceiro tema cantado será de um poema inédito de António Salvado, musicado especialmente pelo mestre Custódio Castelo para esta ocasião, sendo que neste tema serão utilizados o adufe e a viola beiroa.
Recorde-se que o Prémio tem como objetivo homenagear o poeta Albicastrense António Salvado, premiar obras poéticas inéditas e incentivar o aparecimento de novos autores.
Na primeira edição do Prémio serão premiados dois originais, sendo um em língua Portuguesa e outro em língua Espanhola. Os vencedores serão conhecidos dia 31 de outubro, havendo a realçar que a cada um dos vencedores, um em língua Portuguesa e outro em língua Espanhola, será atribuído o prémio monetário de 2.500 euros, 30 exemplares da edição bilingue das respetivas obras e uma placa comemorativa do Prémio.
O júri do Prémio é presidido por Alfredo Pérez Alencart e integra António Cândido Franco, António dos Santos Pereira, Enrique Cabero, Fernando Pau-louro, José Dias Pires, Manuel Nunes, Maria de Lurdes Gouveia da Costa Barata, Paulo Samuel, Rita Taborda Duarte e Vítor Oliveira Mateus.
De recordar, também, que aquando da apresentação do Prémio, António Salvado confrontado com o reconhecimento da sua obra poética, com a atribuição do seu nome ao Prémio, realçou que “não gosto de falar em reconhecimento. Tenho-me limitado a trabalhar. Tenho alguns livros para publicar” e acrescentou que, “geralmente, estamos habituados a ver o nome numa rua, numa praça… numa campa no cemitério, não a designar um prémio”.
Afirmou que “a Câmara e a Junta de Freguesia resolveram criar um prémio com o meu nome, consultaram-me, porque eu podia não querer, mas depois perguntei: Não querer, porquê? E hoje temos o Prémio a ser aqui apresentado”.
António Salvado destacou ainda que “desejo que os dois livros do vencedores sejam dois livros de alto mérito, de dois poetas que, oxalá, não sejam conhecidos. Esse é o meu desejo mais profundo”.
António Tavares