24 de outubro de 2018

Fernando Raposo
COLÉGIO DE S. FIEL, PARA QUE TE QUERO?! (2ª PARTE)

Sugeri, no mês passado e neste espaço, que a Fundação INATEL (Instituto Nacional para o Aproveitamento dos Tempos Livres), em parceria com a Câmara de Castelo Branco, poderia assumir a reabilitação do Colégio de S. Fiel e integrá-lo na rede de equipamentos Hoteleiros que já tem distribuída por todo o território nacional, uma vez que, conforme referi, aquela Fundação tem como missão “a promoção das actividades de tempos livres e lazer dos jovens, dos trabalhadores e dos seniores, as quais contribuem para o bem-estar integral e o desenvolvimento pessoal de cada um, bem como para a inclusão social de todos cidadãos” (dos Estatutos).
De sublinhar que, em 2017, a ocupação hoteleira, promovida pelo Inatel, cresceu significativamente em relação a 2016, tendo sido vendidas 417.302 dormidas e servidas 572.021 (Relatório e Contas de 2017).
Apesar do Colégio de S. Fiel gozar de uma localização privilegiada, estando integrada na Paisagem Protegida Regional da Serra da Gardunha, muito próximo da Albufeira de Santa Águeda, da A23 e a poucos quilómetros do Tejo Internacional e da Serra da Estrela, importa referir que sendo a área de implantação dos diversos edifícios muito significativa (aproximadamente 8.215 m2), o que julgamos ser excessiva só para o hotel, seria desejável instalar também ali um Museu de Arte Sacra e Arte Religiosa. Refiro também a arte religiosa, porque nem toda ela se inclui na arte sacra, já que esta incorpora, salvo melhor opinião, todos os objectos destinados ao culto.
Este seria um factor de atractividade, pelo menos para uma parte muito significativa da população portuguesa.
De notar que entre os edifícios que constituem todo o complexo do Colégio de S. Fiel, inclui-se uma igreja com área bastante significativa.
A razão para esta proposta assenta nos seguintes pressupostos:
- Aquando minha passagem pela Câmara Municipal de Castelo Branco, enquanto vereador da cultura, foi manifestada pelo reverendíssimo Bispo de Portalegre e Castelo Branco, a vontade de instalar nesta cidade um Museu de Arte Sacra, tendo em conta o acervo de bens culturais disponível;
- A maioria da população portuguesa é maioritariamente católica, representando, de acordo com os censos de 2011, 81%. Contudo, é entre a população idosa em que a religião católica ganha maior expressão;
- A promoção do turismo sénior é uma das actividades de excelência do Inatel, pelo que a existência de uma museu de arte sacra seria motivo bastante para a escolha deste local, por parte dos seus associados;
Pertencendo a freguesia do Louriçal do Campo à diocese da Guarda, impunha-se que o Museu fosse representativo das duas dioceses (Guarda e Portalegre/Castelo Branco) e tivesse expressão nacional e internacional.
Embora esta proposta tenha como objectivo alavancar e contribuir para a sustentabilidade do hotel ali a criar, ela não deixa de ter impacto em toda a actividade turística do concelho e da região, desde que integrada numa oferta devidamente estruturada, em rede, suficientemente atractiva.

24/10/2018
 

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