PARA O CONCELHO
Jovens social democratas apresentam propostas para a mobilidade
As novas equipas da Juventude Social Democrata (JSD) Castelo Branco e do Núcleo de Estudantes Social Democratas (NESD) do Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB) foram empossadas dia 10 de novembro.
O presidente da JSD Castelo Branco, Miguel Barroso, apresentou um conjunto de propostas que pretendem “revolucionar a mobilidade no Concelho”, adiantando que “em Castelo Branco o serviço de autocarros não responde eficientemente às necessidades da população”, por isso propõem que “o Município chame a si a gestão de uma nova rede de autocarros, ecologicamente sustentável, que as- segure a mobilidade dentro da cidade e na ligação às e entre as freguesias”. Além disso são reivindicados horários mais frequentes, percursos que integrem todos os pontos de interesse do Concelho e comodidade nas viagens.
A JSD propõe também que Castelo Branco tenha uma rede de bicicletas partilhadas, convencionais e elétricas, com terminais posicionados em zonas residenciais, pontos de interesse turístico, equipamentos, escolas e polos do Politécnico e alerta para a necessidade da construção de uma rede densa, integrada e segura de ciclovias que permitam a circulação em bicicleta dos habitantes e visitantes do Concelho. No âmbito da mobilidade em bicicleta, Miguel Barroso recomendou o projeto Pedalar para ajudar, uma vez que a JSD quer incentivar os mais jovens a andar de bicicleta convencional e propôs a atribuição de um montante financeiro a cada quilómetro percorrido por um jovem até aos 30 anos numa bicicleta convencional, valor que mensalmente deve reverter a favor de uma instituição de solidariedade social escolhida pelo utilizador.
Para a Concelhia da JSD a gestão das várias formas de mobilidade urbana deve ser feita através de uma APP, simples e intuitiva, pois “os mapas confusos, cheios de cores, fazem parte do passado”, afirmou Miguel Barroso e foi sugerido que o aplicativo deve auxiliar nas deslocações, indicando o terminal mais próximo do utilizador, a rota mais rápida até ao destino, a disponibilidade dos meios de transporte e os tempos de espera, eventuais transbordos, adquirir títulos de transporte e outras funcionalidades.
Por seu lado, a presidente do NESD do Politécnico, Alexandra Santos, realçou que a instituição “é essencial para o desenvolvimento da Região” e que a JSD “quer estar na linha da frente na defesa dos interesses dos estudantes do IPCB”. Denunciou ainda algumas irregularidades existentes nas residências de estudantes e mostrou total disponibilidade para colaborar com o Politécnico na resolução do problema.
O presidente da Secção do PSD de Castelo Branco, Carlos Almeida, destacou a importância da participação dos jovens na política, ao lembrar que “nas últimas eleições Autárquicas o PSD confiou nos jovens e essa foi uma aposta ganha” e aproveitou a ocasião para lamentar a situação política vivida atualmente na Câmara de Castelo Branco que classificou de “oligarquia”.
Hugo Lopes, presidente da JSD Distrital de Castelo Branco, falou da educação para criticar “a excessiva carga horária” a que os estudantes estão sujeitos e “o peso tremendo das mochilas que são a consequência de uma escola pouco digital”.
Já o presidente do PSD Distrital de Castelo Branco, Manuel Frexes, acusou o Partido Socialista de falar muito sobre o Interior, mas “não passam de palavras. Em três anos de governo das esquerdas o Interior não ganhou nada”. Manuel Frexes destacou ainda que a instalação da Secretaria de Estado para a Valorização do Interior em Castelo Branco “por si, não resolve todos os problemas” e afirmou serem necessárias medidas concretas.
Alexandre Poço, vice-presidente da JSD, entende que “a grande força na JSD está na proximidade às pessoas que só é possível graças ao trabalho diário das concelhias e dos núcleos” e destacou algumas causas que a JSD, como o alojamento estudantil, defendendo que “precisamos de mais residências para estudantes, a habitação impossibilita muitos jovens de estudar”.
O deputado do PSD, Duarte Pacheco, aproveitou a sua intervenção para criticar a proposta do Orçamento do Estado para 2019 que qualifica de “eleitoralista. Este Orçamento é enganador, o Governo diz dar tudo a todos, mas quando analisamos o Orçamento percebemos que isso não corresponde à realidade”. Duarte Pacheco desconstruiu algumas ideias que têm surgido como a redução do preço da energia e criticou as medidas distributivas do orçamento que, afirma, “afetam todos na mesma proporção, não são solidárias com quem mais necessita”.