9 de janeiro de 2019

António Tavares
Editorial

A Autoestrada da Beira Interior (A23) é, sem margem para dúvidas, uma via de comunicação fundamental para uma região do Interior, como é a nossa. Um papel que desempenhou bem, após ter sido construída, até porque se tratava de uma autoestrada sem custos para o utilizador (SCUT).
Mas com a introdução das portagens muitas das suas vantagens desapareceram. Com a introdução das portagens os automobilistas, pelo menos os que frequentemente têm que utilizar a A23, devido ao valor a pagar, preferiram deixar de utilizar essa via. Um facto que trouxe outra consequência não menos importante, que resulta de haver mais tráfego nas antigas estradas nacionais que, entretanto passaram para a alçada das câmaras. E, daí, nasce outro aspeto negativo, a partir do momento que as autarquias se veem obrigadas a assegurar a manutenção dessas estradas, investindo aí dinheiro que poderia ser aplicado noutras áreas.
Por tudo isto é fácil de se perceber que se de facto se quer ajudar e dar um impulso ao Interior, a abolição das portagens é o caminho a seguir. Mas não é isso que acontece e para quem utiliza a A23 facilmente se apercebe que esta é uma das autoestradas mais caras do País, com a agravante que a qualidade do piso não é o mesmo de outras autoestradas, nem tão pouco o traçado, nalguns casos.
Com o início de 2019 chegou a redução das portagens para o transporte de mercadorias e um desconto adicional de 25 por cento para as empresas dos territórios de baixa densidade.
Uma medida que soa a Com papas e bolos se enganam os tolos, quando os verdadeiros tolos são outros, porque quem vive no Interior já não vai em cantigas de chico-espertismo.

09/01/2019
 

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