ANTÓNIO SALVADO AFIRMA
“Tantos livros esgotados, mas o autor não se considera esgotado”
António Salvado afirmou, durante o lançamento dos livros Sirgo II e Leituras VII, que se realizou na passada quarta-feira, 9 de janeiro, no auditório da Escola Superior de Educação (ESE) de Castelo Branco, que a publicação de Sirgo I e Sirgo II são o “arrumar da casa” e acrescentou que gostaria, brevemente, de lançar Sirgo III.
Recorde-se que Sirgo I – Catorze títulos esgotados e Sirgo II – Quatro títulos esgotados de poemas em prosa e poemas dispersos por outros títulos esgotados integram uma série que tem como objetivo reunir todos os livros esgotados do poeta Albicastrense.
Uma linha que Sirgo III seguirá, com a publicação de mais 15 títulos esgotados, e que leva António Salvado a realçar que são “tantos títulos esgotados, mas o autor não se considera esgotado”.
Refira-se que Sirgo II e Leituras VII têm, a chancela das edições IPCB, pelo que no seu lançamento o presidente do Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB), António Fernandes, revelou “o gosto de estar a apresentar estes dois livros, até porque o Politécnico esteve envolvido”.
Sirgo II foi apresentado por Maria de Lurdes Gouveia Barata que começou por referir que esta “é uma obra que condensa a obra poética de livros do mesmo teor”, referindo, em relação a António Salvado, que “é uma peregrinação do seu ato de viver ao longo da vida”.
Isto, para de seguida se focar em algumas características da poesia Salvadiana, destacando, por exemplo, que “a luz é o símbolo da força e elevação. Opõe-se às trevas e tem caráter revelador, o que tem correspondência na poética de António Salvado”.
De fora da análise também não ficaram “as flores, elementos privilegiados da vida e da beleza”, bem como “a esperança, que está sempre neste poeta de esperança”, sublinhando que, “normalmente, grandes poetas são poetas da esperança, porque amam muito a vida”.
Maria de Lurdes Barata Gouveia referiu-se igualmente “aos sentimentos que falam ao mais íntimo do eu” e abordou ainda “o amor, da poesia Salvadiana”, questionando “quem não gosta de amor”.
A apresentação de Leituras VII coube a Rui Tomás Monteiro, que começou por recordar que “desde 1994 António Salvado reuniu, sob a designação Leituras, diversos textos e temas”.
É neste contexto que surge Leituras VII, com Rui Tomás Monteiro a realçar que esta “é uma linha para continuar, com a publicação de Leituras VIII, Leituras IX, Leituras X e por aí adiante”.
António Tavares