O PROGRAMA CHEGA A 80 MIL PESSOAS CARENCIADAS
Idanha está entre as autarquias pioneiras em programa de apoio alimentar
A Câmara Municipal de Idanha-a-Nova participou no 1º Encontro do Programa Operacional de Apoio às Pessoas Mais Carenciadas (PO APMC), onde integra o grupo de apenas 41 autarquias que figuram entre as 600 entidades coordenadoras e mediadoras a nível nacional.
A participação ativa da Câmara de Idanha-a-Nova na operacionalização do PO APMC, um programa que chega a 80 mil pessoas em todo o País, em regra desenvolvido por entidades privadas, expressa a vontade de contribuir para tornar a distribuição de apoio alimentar mais eficaz e eficiente e demonstrar do ponto de vista da ação social autárquica que valores como a solidariedade e a coesão social exigem empenho e articulação dos vários atores e instituições do território.
Na qualidade de entidade mediadora, a Câmara de Idanha-a-Nova, a partir do seu Banco Social e no âmbito do PO APMC, gere uma média de três toneladas mensais de alimentos, desde congelados, a frios, secos e enlatados, contribuindo para o apoio alimentar direto a cerca de 82 beneficiários, integrados em 28 agregados familiares.
Além da entrega dos cabazes alimentares, a autarquia promove também o acompanhamento das famílias através de uma equipa técnica, seja mediante intervenção direta, seja na dinamização de sessões e workshops para grupos de beneficiários, relacionados com temas como a gestão do orçamento familiar, a importância da seleção de géneros alimentícios, a confeção de receitas saudáveis e a prevenção do desperdício alimentar. Para levar a cabo estas sessões, a Câmara de Idanha-a-Nova tem contado não só com os recursos humanos da própria autarquia, mas também com a parceria da Escola Superior de Gestão de Idanha-a-Nova (ESGIN) e da associação Deco.
Em relação ao seu Banco Social, a autarquia beneficia também, no âmbito de protocolo, de apoio do Banco Alimentar, através do qual apoia 103 beneficiários, correspondentes a 38 agregados familiares.
Contabilizando as duas fontes, é disponibilizado um total de apoio regular mensal alimentar a 185 beneficiários finais, integrados em 66 agregados familiares.
Ainda em relação ao PO APMC, é de realçar que é um programa que introduz uma mudança de paradigma nos instrumentos de apoio alimentar. Aposta numa gestão articulada na identificação e validação de beneficiários e assenta num maior rigor nutricional dos cabazes, que foram concebidos pela Direção-Geral de Saúde, ao nível dos alimentos e respetivas quantidades. Desta forma vem também coincidir com a estratégia da Câmara de Idanha-a-Nova para a promoção da alimentação saudável, complementando outras iniciativas, naquela que é a primeira Bio Região de Portugal.
O 1º Encontro do Programa Operacional de Apoio às Pessoas Mais Carenciadas, que decorreu este mês de fevereiro em Santarém, teve como objetivo principal efetuar um balanço da execução do PO APMC, e delinear as suas perspetivas futuras.