27 de março de 2019

COM OS OLHOS NO FUTURO
Marca Castelo Branco apresentada nas comemorações do Dia da Cidade

A marca Castelo Branco, que a partir de agora será a imagem identitária do Concelho, foi apresentada na passada quarta-feira, 20 de março, no decorrer das comemorações dos 248 anos de elevação de Castelo Branco à categoria de cidade.
A nova marca Castelo Branco, como referiu o presidente da Câmara, Luís Correia, “foi criada a partir do Bordado de Castelo Branco, que é e será o nosso maior símbolo identitário” e foi desenvolvida pela Ivity Brand Copr, com Carlos Coelho a explicar que “uma marca de um território deverá ser um fio condutor da história e da cultura que se une numa geografia e que desenha um futuro na economia”.
Carlos Coelho realçou que a nova marca respeita o passado, pelo que integra, por exemplo, a até agora usada marca Castelo Branco e “tem o Bordado de Castelo Branco como fio inspirador para o futuro”, tratando-se de “um fio condutor que dá voz ao passado e abre caminho ao futuro de Castelo Branco”.
Na apresentação da nova marca Castelo Branco, no que respeita às cores utilizadas foi afirmado que é “uma marca azul do céu. Verde da Serra. Amarelo da luz. Cor-de-rosa das emoções e vermelho coração”.
Na abertura da sessão comemorativa, o presidente da Assembleia Municipal de Castelo Branco, Arnaldo Braz, referiu que “Castelo Branco tem um passado e um presente de que nos orgulhamos e tem igualmente um futuro”, defendo que “Castelo Branco é das cidades com melhor qualidade de vida”.

A cidade
e o seu futuro
Arnaldo Braz falou depois na evolução de Castelo Branco ao longo dos tempos, ao referir que “uma cidade pequena, dominada por uma burguesia rural, transformou-se numa cidade aberta, com uma dinâmica de desenvolvimento que continua a dar frutos”.
Tudo para mais à frente afirmar Castelo Branco “é uma cidade prestigiada, conhecida e atrativa”, para defender que “não podemos deixar que nos ignorem, como já aconteceu no passado”. Tal passa, por exemplo, pela questão das portagens da Autoestrada da Beira Interior (A23) e pela construção do Itinerário Complementar 31 (IC31) e da Barragem do Alvito, entre outros.
Também Oliveira Martins, da bancada o CDS/PP, destacou “a excelente qualidade de vida e a amizade Albicastrense”, para referir que “infelizmente, Castelo Branco tem perdido população e as freguesias estão envelhecidas”, apesar de destacar que “o problema demográfico não é exclusivo de Castelo Branco”.
Para contrariar isso defendeu que “temos que nos debruçar mais sobre a vertente social, com políticas de natalidade fortes”, bem como em relação “aos menos jovens, aos idosos, há que criar mecanismos de apoio, para que vivam com dignidade”.
Oliveira Martins sublinhou ainda que “a cidade do futuro não pode desprezar a cidade do passado, pois pode perder a sua identidade”.
Por seu lado, Carina Caetano, da CDU, argumentou que é preciso “refletir sobre que cidade foi criada ao longo dos anos e que queremos para o futuro”. Tudo isto tendo em consideração que “como cidade do Interior tem sido esquecida pelo Governo há mais de 40 anos e os resultados estão à vista, pelo que é preciso mudar políticas, avançar”.
Carina Caetano exigiu que “o Governo não se esqueça do Interior” e defendeu “investimento para ter um país mais justo e equilibrado”, o que passa “pela construção do IC31, da Barragem do Alvito e da prisão de alta segurança, bem como pela questão das portagens da A23, pela criação de emprego qualificado e de medidas para que a juventude tenha futuro aqui”.
Reivindicações que são praticamente as mesmas de José Ribeiro, do Bloco de Esquerda, que falou na “construção do IC31, das portagens da A23, da poluição do Ponsul, Tejo, Ocreza e da Barragem de Santa Águeda/Marateca”, referindo-se ainda “à preservação do património da Serra da Gardunha”, sem deixar de se referir “às obras de requalificação inacabadas da Zona Histórica, ao estado atual da Zona de Lazer e o estado inacabado da pista de atletismo”.
Também Celeste Domingues, do PSD, fez uma reflexão sobre a cidade, começando por se focar na “crise de demográfica e na fraca internacionalização das empresas”, para apelar à necessidade de “transformar os problemas em desafios”.

“Um salto
qualitativo ímpar”
Celeste Domingues falou depois na importância de implementar “estratégias para que o ensinamento das escolas superiores chegue às empresas, criar emprego qualificado, desenvolver novas medidas para melhorar a mobilidade e de políticas ambientais sustentáveis”.
Já Francisco Pombo Lopes, do Partido Socialista (PS), começou por realçar que “em 1997 Castelo Branco iniciou um novo período que ainda se mantém. Um período ímpar de desenvolvimento”.
Francisco Pombo Lopes assegurou que “a cidade mudou para muito melhor, com um forte investimento no material e no imaterial, pelo que Castelo Branco é, hoje, uma cidade de média dimensão de referência”.
O presidente da Câmara, Luís Correia, começou por destacar que nas “últimas duas décadas se registou um salto qualitativo ímpar de Castelo Branco e do Concelho”.
Luís Correia que de seguida destacou que “ultrapassado o ciclo das infraestruturas básicas é agora o tempo das questões imateriais” e sublinhou que “atravessamos agora um período de grande aposta na valorização, divulgação e afirmação do nosso património imaterial, bem como da criação ou reforço das infraestruturas que nos vão a tornar, em breve, numa cidade inteligente, líder, mas também uma cidade verde, com escassa pegada ecológica, que garanta a mobilidade universal e o transporte ligeiro não poluente”.
O autarca falou depois nos dois novos parques urbanos que “vão nascer e mudar a face da cidade”, referindo-se ao “Parque Urbano do Barrocal, em fase de conclusão, que após as tendenciosas e manipuladas críticas se revelará de enorme atratividade para locais e visitantes”, bem com ao “Parque Urbano da Cruz do Montalvão, que estamos a ultimar a apresentação pública e que transformará definitivamente Castelo Branco numa cidade verde”.
Após se referir também à requalificação do espaço da ex-Metalúrgica e à Fábrica da Criatividade, na Alameda do Cansado, Luís Correia argumentou que “todos estes investimentos têm mudado a face da cidade, aumentando a autoestima dos Albicastrenses”.
Ao voltar a abordar a questão do imaterial o autarca referiu-se ao Bordado de Castelo Branco, à Viola Beiroa, ao turismo e divulgação do património, como o queijo, o azeite, o feijão-frade. Isto sem esquecer que este ano a Câmara de castelo Branco participou pela primeira vez na Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL) com um stand próprio, pelo que Luís Correia assegurou que “o trabalho de casa está bem feito. Depois da criação de pacotes turísticos bem estruturados está na hora de desenvolvê-los”.

Homenagens
em dia de festa
A sessão comemorativa dos 248 anos da elevação de Castelo Branco à categoria de cidade ficou também marcada pelas homenagens, com a atribuição da Medalha de Ouro de Castelo Branco, a título póstumo, ao professor Joaquim Martins, sendo igualmente distinguidos o padre José Sanches e o empresário José Conceição.
Um momento sobre o qual Luís Correia frisou que “homenageamos três homens notáveis”, com os elogios aos distinguidos a serem um ponto comum nas intervenções de todas as intervenções, independentemente de fatores políticos e partidários.
António Tavares

27/03/2019
 

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