A deputada do Bloco de Esquerda (BE) na Assembleia da República, Sandra Cunha, acompanhada pela candidata do Distrito de Castelo Branco às eleições Europeias, Cristina Guedes e por uma comitiva distrital, visitou, dia 22 de abril, o Distrito com o objetivo de ouvir as preocupações da população da Soalheira e do Paul, no Concelho do Fundão e da Covilhã, respetivamente, face aos encerramentos de serviços nos postos da Guarda Nacional Republicana (GNR).
De acordo com o Bloco de Esquerda, “no Paul, a reorganização levada a cabo pelo Comando Distrital da GNR de Castelo Branco que consistia no funcionamento do posto só em serviço administrativo, com um oficial e aberto das nove às 17 horas, já se reverteu”, enquanto “na Soalheira o posto da GNR tem um funcionamento meramente administrativo há algum tempo e em ambas as localidades conseguimos constatar que as populações necessitam e anseiam, no caso da Soalheira, que o Posto Territorial da GNR funcione 24 horas sob 24 horas com uma equipa permanente de oficiais, para assim garantir a segurança das pessoas e afastar possíveis atos criminosos, fixando assim as populações e investimento no território”.
No decorrer da visita também decorreram reuniões com o Comando Distrital da GNR e com a Federação Distrital de Bombeiros.
No caso da GNR, durante o encontro com “o responsável distrital da GNR, foi-nos garantido que não ia encerrar nenhum posto no Distrito, mesmo que historicamente estas reorganizações tivessem, em algumas situações, acabado em encerramentos de postos como foi no caso da Freguesia de Ferro, na Covilhã. Para além de outras preocupações apresentadas, a média etária dos e das oficiais é elevada e com algumas limitações físicas, a necessidade de Silvares (Fundão) a São Vicente da Beira (Castelo Branco) ter patrulhamento 24 horas, a falta de efetivos no Distrito, as situações mais preocupantes são em Alpedrinha (Fundão) e em Cebolais de Cima (Castelo Branco), porque em ambos os edifícios dos postos da GNR estão em péssimas condições para os profissionais e para a população. Em Alpedrinha há um posto construído à espera do visto do Tribunal de Contas para ser ocupado e esta situação mantém-se há 10 meses. Precisa de corrigir o plano elétrico da infraestrutura. Em Cebolais de Cima, também já existe um edifício novo que só precisa de modificações nas acessibilidades para começar a funcionar”.
Questões sobre as quais o Grupo Parlamentar do BE avançará com perguntas ao Governo, com a finalidade de chegar “a uma célere resolução”.
O Bloco de Esquerda adianta, por outro lado que na reunião com a Federação Distrital de Bombeiros, a deputada “ouviu as preocupações face à alteração da Lei Orgânica da Proteção Civil onde este organismo deixará de se organizar em distritos para ser alinhados em NUTS 3 já que o Distrito ficará partido ao meio, como na organização das CIMs”.  Par além disso, “também exigiram incentivos fiscais para os bombeiros, para incentivar o volunta-riado, já que este regime atravessa uma crise de efetivos há alguns anos”, ao que se junta “isenções através das autarquias, isenções em construção ou isenção especial em sede de IRS. Por último, alertaram que a reforma dos bombeiros voluntários é muito alta colocando-se nos 66 anos e seis meses e também mostraram preocupação com os problemas que existem nas redes comunicação”.
Preocupações que o Bloco de Esquerda se compromete a apresentar ao Ministério da Administração Interna, através de audição.

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