EX-SCUT
PAN quer portagens “tendencialmente abolidas”
O porta-voz do partido Pessoas, Animais, Natureza (PAN), André Silva, defende que as portagens nas ex-SCUT, autoestradas sem custo para o utilizador, localizadas no Interior do País devem “ser tendencialmente abolidas”.
A posição foi assumida na passada quinta-feira, 19 de setembro, à margem da visita que André Silva fez à Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental (APPACDM) de Castelo Branco, acompanhado pela cabeça de lista do PAN às Legislativas de 6 de outubro pelo Círculo Eleitoral de Castelo Branco, Rebeca Lopes.
André Silva defende que “se de facto as portagens são motivo de afastamento de pessoas ou motivo que potencie o despovoamento dos territórios, devem ser tendencialmente abolidas, para que se fixem as pessoas no território e se tornem as regiões mais próximas, mais competitivas e mais visitáveis”.
Este seria, por outro lado, um modo de fazer com que “viessem mais pessoas para o Interior”, numa perspetiva turística”.
Ainda focado na fixação de pessoas no Interior, acrescentou que a agricultura biológica é outra via, tanto mais que, sublinhou, “temos que fazer várias transições urgentes, na forma de produzirmos alimentos”, denunciando que “os apoios na agricultura biológica são praticamente inexistentes”, porque “são todos direcionados para uma política agrícola extremamente intensiva”. Perante isto defendeu “medidas de incentivo a quem queira instalar agricultura biológica no Interior”, porque “é uma excelente oportunidade para fixar pessoas”.
Já com a atenção centrada na visita à APPACDM afirmou que “fazem falta mais instituições destas e mais apoios” e considerou que “há que reconhecer o trabalho que este setor tem vindo a fazer”.
Tudo para frisar que “é importante que o Estado apoie este setor e as pessoas com deficiência, para combater as situações de exclusão e de pobreza”, bem como “conseguir, nos casos em que seja possível, garantir saídas profissionais”, sublinhando que esta é uma situação que “esta instituição tem conseguido”.
António Tavares