RUI RIO GARANTE
“Governo tem que ter coragem” para ajudar o Interior
O líder do Partido Social Democrata (PSD), Rui Rio, defende que para ajudar o Interior “o Governo tem que ter coragem e desprendimento do poder”.
A posição foi defendida sexta-feira, dia 26 de setembro, à margem da visita que Rui Rio fez à Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental (APPACDM) de Castelo Branco, no âmbito da campanha para as Legislativas do próximo domingo, 6 de outubro.
O líder social democrata afirma que os problemas que afetam o Interior do País “é um assunto cada vez mais difícil de resolver”, porque “cada vez está pior” e o Interior está “cada vez mais desertificado”.
Para ultrapassar os problemas considera que “um a palavra que é fundamental é o emprego” e defende que “não vale a pena perder tempo com tudo o mais, se não houver emprego. E para haver emprego tem que haver investimento, há que captar investimento para o Interior do País”. Uma tarefa que, no entanto, “é muito difícil, porque atingimos um patamar muito baixo”.
Foi focado nesta questão que Rui Rio afirmou que “o Governo tem que ter coragem e desprendimento de poder. Há que ter coragem, porque se se retirar 200 milhões de euros de uma área metropolitana como a de Lisboa, aqui temos mil pessoas a aplaudir e lá 100 mil a assobiar”, sendo que “a política pensa mais nos votos que no desenvolvimento do País”.
Rui Rio acrescentou ainda que “esta é uma crítica implícita, não aos últimos quatro anos, é de décadas, porque este Governo não teve coragem, como muitos outros não tiveram”.
Já no que se refere à abolição das portagens nas ex-SCUT, Rui Rio aceita que “a reivindicação é justa, mas o País pode não ter condições para o fazer”.
Tudo para mais à frente realçar que “não adianta baixar o IRC e as portagens. É necessário uma estratégia articulada, embora reconheça que as portagens é um ponto importante”, mas o que é necessário “é um conjunto de medidas integradas”.
Quanto aos objetivos para as Legislativas do próximo domingo, o social democrata realçou que “parte-se sempre para ganhar. Em Castelo Branco temos dois em quatro deputados. Gostaríamos de ter três, mas temos consciência que o objetivo é manter aquilo que se tem”.
António Tavares