António Tavares
Editorial
O Dia Mundial da Liberdade é assinalado esta quarta-feira, 23 de janeiro. Uma data criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) e proclamada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) que deveria ser da maior importância para todos. Mas que, infelizmente, assim não o é, como o podemos comprovar por esse Mundo fora, com múltiplos exemplos em que a privação da liberdade, imposta muitas vezes por ditaduras mais ou menos assumidas é o caminho encontrado para o poder.
Mas a restrição da liberdade, diga-se, não é uma exclusividade dos países com regimes ditatoriais, pois ela também é uma realidade naqueles que são considerados países desenvolvidos. Tudo, porque o conceito de liberdade se altera consoante os interesses envolvidos.
Mais, a liberdade está cada vez mais ameaçada pelo fator segurança, que a ameaça cada fez mais, dia após dia. Pelo conceito de liberdade cada um deve, ou deveria ter, direito a um dos seus bens mais preciosos, a privacidade. Mas tal não acontece, uma vez que em praticamente qualquer local, sob a capa da segurança, seja lá o que isso for, estamos quase constantemente debaixo de vigilância exercida por meios como as câmaras. Mesmo em casa, resultado das novas tecnologias, o controle é quase constante.
Muitos mais exemplos de uma liberdade aprisionada poderiam ser dados e são motivos para se pensar se realmente somos livres, ou melhor, se alguma vez o Homem foi realmente livre, gozando da liberdade na sua plenitude.