COM OBRAS NO VALOR DE 750 MIL EUROS
Arqueólogos da Geração do Tejo colaboram na requalificação do CIART
O Museu Nacional de Arqueologia, em Lisboa, acolheu, dia 28 de janeiro, a primeira reunião de preparação de conteúdos para a remodelação do Centro de Interpretação de Arte Rupestre do Vale do Tejo (CIART), em Vila Velha de Ródão. O encontro juntou especialistas e representantes da Câmara de Vila Velha de Ródão e da Associação de Estudos do Alto Tejo, entidades com responsabilidade na dinamização daquele espaço museológico que vai ser alvo de obras de requalificação e ampliação.
O objetivo da reunião foi dar início à definição da estratégia para o desenvolvimento do novo espaço museológico, contando para tal com a presença do presidente da Câmara, Luís Pereira; do arquiteto Mário Benjamim, responsável pelo projeto do CIART; de João Caninas, arqueólogo da Associação de Estudos de Alto Tejo; e de António Martinho Batista e Luís Raposo, arqueólogos da chamada Geração do Tejo, nome atribuído aos arqueólogos e estudantes que, a partir de finais de 1971, devido às campanhas de salvamento arqueológico, garantiram a catalogação e preservação da arte rupestre do vale do Tejo, antes da sua submersão devido à construção da Barragem do Fratel.
António Martinho Batista é aliás o responsável pela conceção da atual exposição permanente de Arte Rupestre do CIART e, juntamente com Luís Raposo e outros arqueólogos, têm sido consultores e parceiros na criação e desenvolvimento da estratégia de divulgação deste património.
Para além da definição dos conteúdos que serão expostos no futuro espaço museológico, a reunião serviu também para definir a criação de uma exposição temporária na Casa de Artes e Cultura do Tejo que possa garantir a continuidade da divulgação da arte rupestre de Vila Velha de Ródão, enquanto decorrem as obras de requalificação do CIART.
Recorde-se que o CIART vai ser alvo de obras de requalificação e ampliação no valor de 750 mil euros. Uma intervenção abrangente que terá início durante o primeiro trimestre deste ano e, entre outros aspetos, prevê a construção de uma nova entrada e a criação de quatro galerias expositivas, de um centro de documentação e de uma sala de multimédia e audiovisuais.