EM PALESTRA NA CASA DA CULTURA
As origens do culto a Santa Águeda
A União de Freguesias de Póvoa de Rio de Moinhos e Caféde organizou, dia 9 de fevereiro, na Casa da Cultura, uma palestra subordinada ao tema Santa Águeda, que teve como orador o reverendo padre Miguel Coelho.
A da palestra foi antecedida de uma atuação das Adufeiras que pertencem ao Grupo de Leituras de Póvoa de Rio de Moinhos e interpretaram o tema Santa Águeda.
No encontro foi salientado que não se sabe como terá aparecido o culto a Santa Águeda, em Póvoa de Rio de Moinhos, mas terá sido a padroeira da antiga Vila de Ceia, atual Barragem de Santa Águeda/Marateca.
Santa Águeda viveu no Século III e faleceu em 251, no Século III. Quando o maior império era o de Roma, muitos foram os cristãos martirizados, sendo Santa Águeda também martirizada, ao cortarem-lhe os seios. O martírio dos cristãos iniciou-se no Século I após a morte de Jesus de Nazaré.
Os Romanos quando conquistavam os povos mantinham o culto dos povos conquistados, mas com os Cristãos era diferente, pois estes adoravam um Deus único e viam Jesus de Nazaré como o Messias. Os Cristãos não aceitavam o culto politeísta de Roma, o qual defendia o Imperador como Deus, motivo esse que fez com que fossem perseguidos e martirizados. Assim, os seguidores de Jesus de Nazaré praticavam o culto de forma clandestina, reunindo-se à noite, fora do povo, onde celebravam a palavra.
Uma das grandes perseguições aos Cristãos, foi quando Roma ardeu, no ano 66 DC, e estes foram culpados pelo incêndio da capital do Império. O Imperador Nero mandou matar muitos Cristãos, na arena, por animais selvagens, outros foram queimados, apedrejados… Filmes com Quo Vadis, Ben Hur e Pompeia, referem-se a esses massacres e martírios aos Cristãos no início da Era de Cristo e a forma como viviam os primeiros Cristãos.
A perseguição e martírio aos Cristãos duraram cerca de 300 anos. Milhares de Cristãos foram mortos por seguirem a sua fé, essa fé de martírio que era vista pelos Cristãos como a passagem para o Paraíso. Santos como São Estevão, São Pedro, São Paulo, Santa Águeda, São Bartolomeu, Santa Blandina, Santo Inácio de Antioquia, São Lourenço, Santo Hipólito, São Policarpo, São Sebastião, Santa Perpétua e Santa Felicidade foram barbaramente assassinados.
No Século IV, Santa Helena, mãe do Imperador Constantino influenciou o seu filho com a sua fé e através do Édito de Milão, deixou de haver perseguição aos Cristãos.