AEBB analisa impacto do COVID-19 nas empresas da Região
A Associação Empresarial da Beira Baixa (AEBB), considerando o atual contexto de pandemia do COVID-19, avançou com um inquérito junto do tecido empresarial da Região, para apreciar a situação e poder atuar em conformidade.
Assim, num universo de 1.840 empresas e entidades sedeadas no Distrito de Castelo Branco, os serviços da AEBB obtiveram, até 24 de março, 84 respostas, ou seja, 4,6 por cento.
Da amostra analisada, 69,4 por cento são microempresas, 27,1 por cento pequenas e médias empresas (PME) e apenas 3,5 por cento são grandes empresas. De realçar que 30,6 por cento da totalidade das empresas que responderam ao inquérito, exportam.
Face aos resultados obtidos, as empresas apontaram como principais constrangimentos à atividade empresarial, duas situações: 78,3 por cento aponta Dificuldades no abastecimento de matérias-primas/produtos nos mercados China, França, Espanha, Ásia, Itália, Bélgica, Reino Unido, Portugal, Alemanha, Dinamarca, Israel, e 60,9 por cento, Dificuldades de escoamento de matérias-primas/produtos para Mercados como Suíça, Alemanha, Holanda, China, Itália, Taiwan, Japão, Nacional, Europa, Angola e EUA.
Foram ainda assinalados como constrangimentos a Redução da produção; Limitação de stocks; Redução de encomendas; Ausência de Recursos Humanos, por quarentena voluntária, apoio a menores e idosos, suspensão de transportes públicos, encerramento das escolas, entre outros; Cancelamento/adiamento da participação em eventos internacionais, Dificuldades na deslocação ao estrangeiro; Insegurança/recusa dos colaboradores de deslocações ao estrangeiro; Financiamento/liquidez; e a Desmarcação de estadias.
No que respeita a medidas de prevenção, controlo e vigilância, 71,1 por cento das empresas já adotaram medidas, sendo que destas 84,2 por cento implementaram um plano de contingência de acordo com as recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS), 21,1 por cento apostaram no reforço de stocks e 1,8 por cento no cancelamento de enoturismo, feiras, provas e jantares vínicos, na sensibilização dos colaboradores, no reforço dos cuidados no atendimento ao público e na diminuição de visitas de e para o exterior.
É também realçado que o surto do COVID-19 representa um impacto negativo da atividade económica para 88,2 por cento das empresas, com um impacto muito significativo para 37,2 por cento das empresas, significativo para 47,4 por cento das empresas e pouco significativo para 14,1 por cento das empresas. Nada significativo para 1,3 por cento das empresas.