António Tavares
Editorial
O COVID-19 continua, e é garantido que continuará, a dominar o dia a dia. Em pleno Século XXI, a pandemia originada pelo novo coronavírus conseguiu parar, literalmente, o Mundo. A vida de milhões de pessoas está suspensa, confinada a um isolamento em casa, com base numa ameaça que não se vê, mas que tem a potencialidade de criar sentimentos de medo e de apreensão, não só no que se refere ao presente, mas também no que respeita ao futuro.
Tudo isto é um desafio que exige de todos uma capacidade de adaptação, de reação e de resiliência, como não há memória nos tempos mais recentes.
Este desafio colossal com que a humanidade se vê confrontada, ainda por cima sem estar preparada, tem, no entanto, a particularidade de revelar tanto o melhor, como o pior do ser Humano.
No primeiro caso estão os exemplos de solidariedade a que se assiste um pouco por todo o Mundo, com cada um a preocupar-se com o próximo e com o seu bem-estar. E nesta batalha contra o COVID-19, claro está que não pode deixar de ser elogiado o papel de quem está na linha da frente, no combate ao monstro, como é o caso dos profissionais de saúde, das forças de segurança, da proteção civil e de todos aqueles que no dia a dia continuam a trabalhar, pondo a sua saúde e vida em risco, para que os serviços básicos se mantenham e para que a vida continue na normalidade possível dentro da anormalidade.
Mas, no reverso da medalha, está o pior do ser Humano, corporizado por alguns que teimam em não respeitar as medidas mínimas de segurança, colocando todos em risco. Mas, esses, já nem sequer merecem qualquer comentário.