António Tavares
Editorial
A Páscoa está mesmo aí à porta, mas, decididamente, devido à pandemia do COVID-19, esta será uma Páscoa diferente.
A época Pascal é, por tradição, uma época festiva, principalmente no Interior do País, com o regresso à terra natal de quem rumou para o Litoral e para outros países, para a desejada reunião familiar. Algo que não se deverá verificar este ano. Desde logo pelas limitações às deslocações resultantes do Estado de Emergência. Mas, também, porque o coronavírus anda por aí e além do cumprimento das medidas que a situação origina, deve prevalecer, sobretudo, o bom-senso, de modo a que a pandemia não se alastre. Por isso, fica o conselho que nunca é repetido em excesso e mantenha o isolamento social, a pensar em si, nos seus, principalmente nos mais idosos e vulneráveis, mas também nos outros que o rodeiam.
Afinal, nestes tempos conturbados, com a angústia a assumir um lugar dominante, está na hora de cada um revelar o seu lado mais humano. Claro está que isso passa por uma importante dose de resiliência, à qual não poderá faltar a confiança no futuro e, também muito importante, não entrar em alarmismos.
Os Portugueses, e neste caso em particular, os Beirões, como a história já o provou, são fortes e, mais uma vez, terão a capacidade de ultrapassar os problemas que se lhes deparam.
Todos juntos, mas separados socialmente, vamos ultrapassar as adversidades e sair ainda mais fortes. Por isso, uma boa Páscoa, com o obrigatório distanciamento social, que tem nas novas tecnologias um aliado precioso, que à distância aproxima as pessoas.