ARNALDO BRÁS CONTRA ATACA
Concelhia do PS acusa grupo de militantes de tentar “golpada”
O presidente da Comissão Política Concelhia do Partido Socialista (PS) de Castelo Branco, Arnaldo Brás, afirma, em comunicado, assinado por 182 militantes, que “repudia as afirmações de um pequeno grupo de militantes da Concelhia de Castelo Branco publicadas em diversos meios de Comunicação Social”. Com base nisto Arnaldo Brás realça que a Concelhia “foi recentemente eleita com um resultado superior a 76 por cento dos votos, no ato eleitoral que teve a maior participação de sempre em Castelo Branco”, para adianta que “Embora entendamos que as questões político-partidárias devam ser discutidas nos locais e órgãos democraticamente eleitos, os militantes subscritores do presente comunicado sentem-se obrigados a vir a público repudiar veementemente as declarações do referido grupo que revelam apenas, e só, a não aceitação do resultado eleitoral em que a sua lista e respetivas propostas foram estrondosamente derrotadas”. Para o presidente da Concelhia “as afirmação do grupo referido pretendem unicamente atingir a dignidade do trabalho desenvolvido pelos órgãos da Comissão Concelhia do PS de Castelo Branco, assim como dos militantes do PS que compõem o Executivo Municipal, colocando em causa a legitimidade de quem confiou o seu voto na lista encabeçada por Arnaldo Brás”. Noutra perspetiva, no que respeita “às questões que suscitaram no âmbito da justiça, citam o Secretário-Geral do PS, António Costa, com «À política o que é da política, à justiça o que é da justiça», mas esquecem que é a própria justiça que reconhece que os cidadãos têm direito à defesa do seu bom nome, à defesa da sua honra e dignidade, não estando os direitos e garantias dos cidadãos, que constituem pilar fundamental num Estado de Direito, sujeitos ao livre arbítrio de pequenos grupos de pressão”. Tudo para adiantar que “é neste contexto que o PS de Castelo Branco aguarda o fim das decisões judiciais e garante, como é seu dever e obrigação, que as decisões que tiverem de ser tomadas no que respeita ao processo autárquico, acontecerão no lugar próprio e através dos órgãos democraticamente eleitos, sempre em função do superior interesse dos Albicastrenses. Até lá, ao contrário de outros, e como não temos memória curta, nem outros interesses escondidos, não temos qualquer pejo em reconhecer publicamente o trabalho realizado pelo camarada Luís Correia ao longo dos seus mandatos”. Arnaldo Brás acrescenta que “colocando em causa o próprio PS local, e à revelia dos órgãos democraticamente eleitos a 30 de janeiro de 2020 por um resultado eleitoral inequívoco (recordamos que a Lista A, encabeçada por, Arnaldo Brás, obteve 314 votos contra 96, da Lista B, encabeçada por Fernando Raposo), o que está a ser construído por parte deste pequeno grupo de militantes representa uma desesperada tentativa de promover, desrespeitando os resultados eleitorais, uma golpada, com vista à tomada do poder, esquecendo e menosprezando o trabalho de décadas, realizado por diversos autarcas em Castelo Branco (e no qual vários membros do grupo referido participaram muito ativamente)”. Perante isto avança ainda que “é importante perceber a posição pública da Direção Nacional do Partido Socialista que reconhece o trabalho realizado pelo PS de Castelo Branco, admitindo, de forma inequívoca que «em Castelo Branco o PS é desde há muito a força política dominante, tendo dado à cidade e à região um ciclo de desenvolvimento social e de crescimento económico e uma estabilidade que são perfeitamente visíveis e sentidos pela grande maioria da população»”. Assim, “subscrevemos na íntegra o que em complemento do anteriormente citado a Direção Nacional do PS acrescenta: «haverá sempre vozes discordantes como haverá a quem possa interessar promover a divisão e a discórdia. De dentro e de fora do Partido Socialista. Mas o PS não se orienta por essa vozearia, mas pelo interesse maior das populações e das instituições», reconhecendo ainda o seguinte: «fazemos um diagnóstico positivo sobre a forma como as instituições autárquicas do Concelho estão a funcionar e confiamos na capacidade dos órgãos internos do partido para continuarem a propor soluções de futuro ao eleitorado Albicastrense»”. Tudo isto para ser assegurado que “o nosso desígnio é o desenvolvimento de Castelo Branco, das suas freguesias, do Concelho”, sendo que “sabemos que em política não pode valer tudo. Não se pode denegrir o próprio partido para se atingirem fins pessoais. Não se pode desvalorizar o trabalho realizado por todos os autarcas do Concelho, incluindo o atual presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco. Aos que “ontem” entendiam que o rumo do PS de Castelo Branco era o correto (e nele participaram, afirmando que “O PS faz bem a Castelo Branco”), e que hoje, porque perderam as eleições, não ocupando os lugares a que legitimamente concorreram, demonstram apenas que pretendem fazer ganhar, por vias estranhas e pouco dignas, o que os militantes do partido a que pertencem não reconheceram no seu projeto político”. E em conclusão é destacado que “não podendo calar a nossa indignação, exigimos respeito pelo sentido de voto dos militantes do PS e pela Democracia”.