PSD mantém e reforça acusações a Luís Correia
A Comissão Política Distrital do Partido Social Democrata (PSD) Castelo Branco afirma, em comunicado, que “a gravidade das acusações que balança sobre as cabeças do presidente do Município de Castelo Branco, Luís Correia, e da atual presidente da Federação do PS Castelo Branco, deputada da nação eleita pelo Círculo de Castelo Branco e esposa de Luís Correia, Hortense Martins, pressupõe um esclarecimento cabal que não se pode extinguir numa conferência de Imprensa sem perguntas e cheia de acusações infundadas”.
Os social democratas garantem que “conhecemos bem este estilo de atuação. Primeiro um silêncio sepulcral, depois um ataque de caráter aos adversários, seguido de um chorrilho de promessas a quem publicamente defende a liderança, seguido de uma estratégia de comunicação pensada por algum assessor de comunicação ligado ao tenebroso passado do ex-Primeiro Ministro, José Sócrates”.
Por isso não hesitam em realçar que “os Albicastrenses começam agora a perceber o modus operandi dos últimos sete anos do Partido Socialista de Castelo Branco. Onde as opiniões se compram com promessas e dinheiro público” e acrescentam que “por muito que o Dr. Luís Correia acuse o PSD de conjurar uma conspiração, a única conspiração existente é a teia de factos, bem descritos nas páginas dos órgãos de Comunicação Social, nos programas televisivos exibidos recentemente e em inquéritos realizados no âmbito de processos judiciais em curso”.
Voltando a focar-se na conferência de Imprensa, na qual recordam que Luís Correia afirmou que «tudo não passa de uma estratégia entre a oposição e um número reduzidíssimo de militantes do seu partido, com a conivência da comunicação social(…) terem coincidido com uma efeméride pessoal», avançam que “o PSD não anda a reboque das efemérides pessoais, defende o direito a um serviço público de qualidade que não foi defendido pelas decisões de Luís Correia, enquanto presidente de Câmara. A nossa estratégia é aquela que luta por um futuro melhor para o Concelho de Castelo Branco”.
Referem também que Luú Correia afirma que «com o objetivo de denegrir a imagem do presidente da Câmara, estão a denegrir a imagem de Castelo Branco», para denunciarem que este "é um erro típico de Luís Correia. Definitivamente, Castelo Branco não merece ser confundida com alguém que não foi capaz de honrar os compromissos com quem o elegeu em 2017".
A par disto relembram que Luís Correia afirma que «Porque é que se fala de contratos à empresa Investel e se esconde que se trata de três requisições que totalizam 2.370 euros?”, assegurando que este é “um argumento inverosímil utilizado por alguém que lidera o Executivo municipal Albicastrense há sete anos, e foi gestor público durante algum tempo noutras instituições. Para além de ser acusado de negociar com o pai, também negociou com a empresa, onde a esposa Hortense Martins detém uma quota. Para quem exige rigor na informação jornalística, é muito poucochinho na gestão de dinheiros públicos”.
Já sobre o “negócio com a VTE Eventos, depois de contratar serviços e assinar os respetivos contratos, publicados no portal da Contratação Pública sem qualquer clausula de salvaguarda numa situação de pandemia, afirma que «Como é possível levantar-se este tipo de questões quando ainda não foi pago nada?», perante o que os social democratas afirmam que “se ainda não foi pago nada, neste preciso momento, foi porque o vereador eleito pelo PSD, Carlos Almeida, através das constantes perguntas em sessões camarárias denunciou a existência dos respetivos contratos, sem cláusula de salvaguarda em caso de incumprimento, conforme ficou bem patente na reportagem televisiva da RTP”.
Ainda com a atenção focada na conferência de Imprensa o PSD avança que “Luís Correia concluiu, afirmando «a convicção de que nada fiz que pudesse manchar o meu desempenho público», o que leva a que seja destacado que “se o presidente da Câmara, após lhe terem sido imputados dois crimes de pre-varicação,um deles em coautoria com o pai e o outro por serviços contratualizados à empresa do sogro e da mulher, entende que não manchou o seu desempenho público, entendemos que a sua noção de desempenho público não corresponde às necessidades do Concelho de Castelo Branco e só lhe resta a saída pela porta pequena”.
A Gazeta do Interior até ao fecho da edição, na tarde desta segunda-feira, 8 de junho, tentou contactar o presidente da Câmara, Luís Correia, para obter uma reação, mas tal não foi possível.