Edição nº 1644 - 24 de junho de 2020

Apontamentos da Semana...

COMO JÁ ERA EXPECTÁVEL, o ministro Mário Centeno apresentou a demissão a semana passada, aceite pelo Primeiro Ministro, num ambiente que não exprimia qualquer conflito. Todos sabiam que Centeno pouco tempo permaneceria no executivo na atual legislatura, que se manteve no elenco governativo por claramente ser uma carta boa, um às, a apresentar ao eleitorado na campanha que resultou em governo minoritário. E creio que foi o COVID-19 e a necessidade de apresentar um orçamento retificativo que fez adiar por algum tempo o anúncio da saída. Porque se aproxima rapidamente a data em que alguém irá substituir Carlos Costa na liderança do Banco de Portugal. E esse alguém, ninguém duvida que será Mário Centeno que ainda há poucos meses, ao contrário do que defende agora, era uma escolha pacífica para o líder do PSD, Rui Rio. Uma escolha também aprovada pelo Presidente da República e pacífica entre a maioria dos portugueses que reconhecem qualidades especiais no homem que comandou as finanças públicas durante cinco anos e nos deu o primeiro excedente orçamental da história da democracia. Mas na Assembleia da República a direita e uma franja da esquerda tenta a todo a pressa criar uma lei que impossibilite a ida de Centeno para o lugar. E aqui chegados, pergunta-se se haverá por agora algum nome com o perfil e a competência de Centeno, partindo do pressuposto de que todos desejarão ter a orientar aquele importantíssimo organismo alguém com competência a toda a prova. E a juntar à vantagem do principal (e único?) nome a ser proposto pelo Governo já pertencer aos quadros da Instituição. E é então que aparece o PAN a propor um período de nojo de nada menos que cinco anos (uma eternidade na política) para que um ministro possa aceitar este lugar. Um lei anti-Centeno, uma lei ad hominem que é aquilo que nunca deveria acontecer e que apenas foi de uma forma ou outra contestada pelos socialistas e comunistas. Aprovada na generalidade pela maioria dos partidos vai baixar agora à especialidade onde poderá sofrer alterações. Julgamos que nunca será aprovada a tempo de travar a nomeação. Mas ficará como mais uma prova de desconfiança dos deputados em relação à prática e à honestidade dos seus pares da política. E com entraves assim, acreditamos que cada vez será mais difícil encontrar individualidades de destaque para ocupar lugares governativos.

E QUANDO TUDO PARECIA ESTAR A CORRER BEM, já meio mundo a pensar na praia e no convívio social com amigos, eis que em Lisboa e um pouco por todo o País , incluindo o Distrito de Castelo Branco, o COVID volta a atacar. As autoridades sanitárias dizem ter a situação sob controle mas o Governo manteve o estado de calamidade em mais de vinte freguesias da área metropolitana de Lisboa, onde o regresso às regras mais rígidas de confinamento é uma machadada dolorosa em algumas áreas de negócio que estavam só agora a abrir… Parece que houve pressa, principalmente entre os jovens, em querer voltar a uma normalidade que ainda terá de estar muito, muito condicionada. Que sirva de exemplo...

24/06/2020
 

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