Edição nº 1648 - 22 de julho de 2020

NO PRÓXIMO SÁBADO, 25 DE JULHO
António Salvado apresenta Já leram a poesia de Natércia Freire?

O poeta Albicastrense António Salvado apresenta no próximo sábado, 25 de julho, a partir das 10 horas, na página do Facebook da USALBI, e a partir das 21 horas, na página do Facebook da Amato Lusitano – Associação de Desenvolvimento, uma palestra sobre a poesia de Natércia Freire, que foi gravada há alguns dias na sede da Universidade Sénior Albicastrense (USALBI), considerando a situação de pandemia.
Palestra que, aliás, continuou a série de sessões, iniciada há cerca de dois anos, sob a designação de Já leram a poesia de... e interrompida em consequência da pandemia.
A sessão procurou homenagear a memória de Natércia Freire, poetisa nascida há precisamente 100 anos e, ainda, de acordo com palavras do próprio António Salvado, relevar as relações entre este e a poetisa, quando Natércia Freire dirigia a página de Artes e Letras do Diário de Notícias, pois foi pela mão dela que o poeta, então, muito jovem estudante universitário, começou a publicar poemas e artigos de teor literário naquele diário. E salientou também o poeta que a Natércia Freire consagrou várias páginas da sua Antologia da poesia feminina portuguesa e que à poetisa dedicou o seu livro Tropos, em 1975.
É realçado que Natércia Freire, “apesar do seu alto valor, tem sido, nos dias de hoje bastante silenciada e isto apesar dos perscrutantes ensaios críticos e laudatórios que lhe consagraram nomes como os de Jacinto Prado Coelho, António Quadros, Jaime Brasil, Jorge de Sena, João Gaspar Simões, entre outros, não se vendo a sua personalidade de criadora acompanhada pelo intenso ruído que se faz ouvir à volta de algumas outras poetisas contemporâneas”.
Natércia Freire, entre a subtileza da entoação formal e a atenção ao perene e ao transitório, assim se intitulou a palestra de António Salvado, e em cujo desenvolvimento evidenciou o poeta Albicastrense as principais características intrínsecas e o correspondente apuradíssimo recorte formal da poesia de Natércia Freire, assinalando a riqueza da mesma, realidades que fazem da poetisa uma das vozes mais pessoais e originais de toda a poesia feminina portuguesa. Disseram poemas de Natércia, Maria da Luz Lopes e Maria de Lourdes Gouveia Barata...
Natércia publicou os seguintes poemários: Castelos de Sonhos, Meu Caminho de Luz, Estátua, Horizonte Fechado, Rio Infindável, Anel de Sete Pedras, Liberta em Pedra. E como prosadora: A alma da velha casa, Não vás, minha gazela, Infância de que nasci. Traduziu, ainda, Charles Dickens, Pirandello, Artur Miller.

22/07/2020
 

Outros Artigos

Em Agenda

 
29/05 a 12/10
Castanheira Retrospetiva Centro de Cultura Contemporânea de Castelo Branco

Gala Troféu Gazeta Atletismo 2023

Castelo Branco nos Açores

Video