BEIRA BAIXA E ALTO ALENTEJO
Estudo conclui que “é possível um empreendedorismo de base regional”
Um estudo apresentado no âmbito do projeto GET IN BUSINESS – Empreendedorismo em territórios de baixa densidade, que envolve um investimento superior a 800 mil euros, conclui que Portugal tem condições para produzir negócios inovadores, adaptados às novas realidades, em regiões como a Beira Baixa e o Alto Alentejo.
De acordo com o estudo é possível “o desenvolvimento de um movimento de empreendedorismo de base regional que, em Portugal, poderá gerar-se e desenvolver-se em regiões como o Alto Alentejo ou a Beira Baixa, tanto mais que no nosso país as distâncias físicas são irrelevantes e amortizam diferenças físicas regionais, e a infraestrutura tecnológica, científica e de telecomunicações existe de forma homogénea em todo o território nacional”.
Esta é uma das principais conclusões do estudo Tendências de novos negócios para a Beira Baixa e para o Alto Alentejo, que foi divulgado durante a apresentação pública do GET IN BUSINESS – Empreendedorismo em territórios de baixa densidade, um projeto apoiado pelo Portugal 2020, no âmbito do Compete 2020 – Sistema de Apoio a Ações Coletivas, copromovido pela Associação Empresarial da Beira Baixa (AEBB), pela Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa (CIMBB) e pela Comunidade Intermunicipal do Alto Alentejo (CIMAA), e que tem como objetivo apoiar a criação de novos negócios e a consolidação de empresas recentes nas duas regiões.
Na introdução do estudo feita por Carlos Lacerda, da CH Global Network, responsável pelo trabalho, foram ainda promovidos exemplos específicos a seguir, em setores “que estão próximos da base sociológica, da realidade económica ou da matriz cultural das populações da Beira Baixa e do Alto Alentejo”. Nomeadamente, “startups que se focam no vinho, enologia; na atividade agrícola, criação de insetos; na cortiça, no turismo ou nos serviços focados na pesca ou nos produtos de quinta”.
De importância crítica é “a proximidade de todos os modelos à realidade e às formas económicas de uma sociedade tradicional agora reformatada em processos digitais, mas que no fundo mantém ainda as características que estiveram na base ao seu aparecimento, quando eram negócios tradicionais”.
Dito isto, ainda que a base seja regional, “para os empreendedores tecnológicos, o Mundo é a sua nova fronteira e o seu novo cenário de atuação e de operação”, pode ler-se também no relatório do estudo agora dado a conhecer.
Desenvolvido ao longo de 24 meses, o GET IN BUSINESS promove, desde 30 de junho, e sempre às terças e às quintas-feiras, ateliês de negócio, de modo a acompanhar os empreendedores em todo o processo, da validação e desenvolvimento da ideia à apresentação aos investidores, partilhando ao mesmo tempo o mais recente conhecimento nas diversas áreas.
O GET IN BUSINESS tem um investimento elegível de 811.442,91 euros, financiados em 689.726,48 euros pelo Portugal 2020, no âmbito do Programa Operacional Competitividade e Internacionalização – Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.