Edição nº 1660 - 14 de outubro de 2020

Quercus alerta apara aumento da presença de vespa asiática

A Quercus Castelo Branco, afirma, em nota enviada à Comunicação Social, que “tem recebido ao longo dos últimos meses várias dezenas de contactos e pedidos de ajuda por parte de cidadãos para a identificação de possíveis situações com a presença de vespa-asiática no Distrito de Castelo Branco”.
Explica que a vespa asiática (Vespa velutina nigrithorax), é uma espécie não-indígena, predadora da abelha europeia (Apis mellifera). Na Europa esta espécie espalhou-se rapidamente por todo o território francês após a sua introdução não intencional em 2004, tendo a sua presença sido confirmada em Espanha, em 2010, e em Portugal e Bélgica, em 2011.
Os principais efeitos da presença desta espécie invasora não indígena manifestam-se em várias vertentes, sendo de realçar o impacto na apicultura por se tratar de uma espécie carnívora e predadora das abelhas, para a segurança pública, que apesar de não serem mais agressivas que a espécie europeia, no caso de sentirem os ninhos ameaçados reagem de modo bastante agressivo, incluindo perseguições até algumas centenas de metros.
Sendo uma espécie não indígena, é predadora natural das abelhas e outros insetos, o que pode eventualmente originar a médio prazo impactos significativos na biodiversidade, em particular nas espécies de vespas nativas e nas populações de outros insetos.
Como efeitos colaterais da diminuição da entomofaunas autóctone, pode ocorrer uma menor polinização de espécies da vegetação natural ou cultivada.
A Quercus realça, por outro lado, que “identificações incorretas da vespa asiática têm provocado a morte da vespa crabro. Os receios e as medidas de controlo destinados à vespa asiática têm levado a que muitas vezes a vespa crabro e os seus ninhos sejam destruídos”, sendo que “a vespa crabro é uma espécie nativa e que pode constituir até muitas vezes a última linha de luta contra a vespa asiática. A vespa carbo tem um papel ecológico importante”.
Perante isto a Quercus alerta que “a deteção ou a suspeita de existência de ninho ou de exemplares de Vesta velutina deverá ser comunicada às autoridades através da inserção/georreferenciação on-line do ninho ou dos exemplares de vespa e preenchimento on-line de um formulário com informação sobre os mesmos, disponível em stopvespa.icnf.pt, através do preenchimento, via smartphone, disponível no portal stopvespa.icnf.pt, ou contactar a linha SOS ambiente, através do número 808200520.
É acrescentado que deverá, sempre que possível, ser anexada fotografia da vespa ou do ninho, para possibilitar a sua identificação.
A Quercus adianta que qualquer informação será encaminhada para a Câmara correspondente ao local de deteção/suspeita, que dará o devido seguimento ao processo e em caso de necessidade de identificação de exemplares, deverá proceder-se ao seu envio para o INIAV, que fará a respetiva confirmação. A confirmação deverá ser sempre reportada ao portal stopvespa.icnf.pt, que centraliza a informação recebida.

14/10/2020
 

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