ESTRUTURAS DE APOIO DE RETAGUARDA
Pousada da Juventude disponibiliza 30 camas
O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, presidiu, na passada seta-feira, 5 de fevereiro, à cerimónia de assinatura do protocolo entre a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) e a MOVIJOVEM – Mobilidade Juvenil, para o funcionamento de cinco Estruturas de Apoio de Retaguarda (EAR) em pousadas da juventude, sendo uma delas a de Castelo Branco.
Na cerimónia realizada no auditório do Instituto Português da Juventude e Desporto (IPDJ) de Castelo Branco, o presidente da Câmara de castelo Branco, José Augusto Alves, elogiou “o desempenho e dedicação da Saúde” no combate à pandemia de COVID-19, não esquecendo também o papel desempenhado pelos bombeiros, pelas forças de segurança e pela proteção civil”, para adiantar que o protocolo representa também “a disponibilidade e a prontidão da Câmara de Castelo Branco” e concluir que “se todos conseguirmos ajudar um pouco, ultrapassamos esta pandemia”.
Por seu lado, o secretário de Estado da Juventude e Desporto, João Paulo Rebelo, destacou que o protocolo “consubstancia muito do que o Primeiro Ministro, António Costa, quando nos nomeou no combate à pandemia, numa articulação de esforços”. Considerou também que o protocolo representa “a solidariedade, a entrega a que devemos estar todos obrigados”, com a finalidade de “dar uma resposta mais capaz a esta pandemia que nos assola”.
João Paulo Rebelo adiantou ainda que na Região Centro existem 401 camas de apoio de retaguarda, das quais 43 estavam ocupadas”.
Já a secretária de Estado da Ação Social, Rita Cunha Mendes, frisou que as EAR são “um instrumento de apoio no combate ao COVID-19, sendo mais uma resposta para aliviar o Serviço Nacional de Saúde (SNS)”, chamando ainda a atenção para “a cooperação intersectorial em que também contribuem os municípios”.
O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, começou por se referir ao COVID-19, para destacar “o papel único dos profissionais de saúde em todo este processo”, para mais à frente afirma que com a assinatura do protocolo, “ hoje é mais um exemplo de uma resposta atempada”, sublinhando que “esta é uma rede para aliviar a pressão sobre os hospitais”.
Isto através de uma “rede de cerca de 2.300 camas, sendo que ontem (4 de fevereiro) estavam 212 pessoas nestas estruturas (EAR)”. Eduardo Cabrita avançou ainda que “até ontem (4 de fevereiro) já passaram 713 pessoas por estas estruturas” e relembrou que “aqui, em Castelo Branco, temos mais 30 camas”.
Recorde-se que as EAR, inicialmente, estavam destinadas, exclusivamente, ao acolhimento de pessoas infetadas com SARS-CoV2 e utentes de estruturas residenciais para pessoas idosas (ERPI), infetadas com SARS-CoV2, que careciam de apoio específico, sem necessidade de internamento hospitalar. No entanto, através de um despacho publicado dia 20 janeiro em Diário da República, assinado pelo ministro da Administração Interna, pela ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social e pela ministra da Saúde, as EAR passaram a poder ser utilizadas também, excecionalmente, por pessoas internadas em unidades hospitalares devido a condições clínicas não relacionadas com o SARS-CoV2, com alta clínica, mas sem necessidade de internamento em unidade hospitalar ou em outra unidade de saúde.
António Tavares