Edição nº 1685 - 7 de abril de 2021

João Carlos Antunes
Apontamentos da Semana...

CADA VEZ MAIS AS PRÓXIMAS ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS vão ficando na ordem do dia. Os partidos, uns mais precoces que outros, lá vão escolhendo e apresentando os candidatos. Na nossa região não parece haver grandes surpresas nos nomes escolhidos e, sem surpresas, com muitas recandidaturas. A exceção parece ser Castelo Branco. Sendo certo que Luís Correia teria todas as condições legais para avançar e com muita probabilidade de ganhar, apostava-se na sua recandidatura. Mas o fato de o ex-autarca ter perdido o mandato num processo judicial, levou o partido a não o propor, apesar de ele alegar que o mandato foi perdido por uma questão administrativa, e não por uma questão criminal. Gozando de inequívoco apoio popular na generalidade das freguesias do Concelho, poderia ponderar uma candidatura independente. Mas o nome entretanto escolhido pelas estruturas do PS, Leopoldo Rodrigues, sendo da sua completa confiança, deixa-lhe pouca margem de manobra para avançar. Resta saber se Leopoldo Rodrigues será capaz de capitalizar a popularidade de Luís Correia. Do principal partido da oposição, estranha-se a aparente hesitação do PSD em continuar a apostar em Carlos Almeida, um político que mostrou serviço e que nestas eleições poderia lutar de igual para igual pela liderança da autarquia. Não se vendo por agora grandes alternativas, espera-se que o PSD não se aventure em candidato com nome sonante, mas exterior às vivências Albicastrenses. O que se sabe e já visível nas sondagens é que Rui Rio não tem sido muito feliz na apresentação da lista dos candidatos. Caricata a apresentação de candidatos que nem sequer haviam sido contactos para saber da sua disponibilidade, como aconteceu com Fernando Jorge, por Oleiros. Mesmo Carlos Moedas, que é um ás no baralho autárquico, teve uma entrada pouco feliz no caminho para a Câmara de Lisboa. Os críticos da liderança social-democrata estão atentos e afiando facas.

AS IMAGENS DE CABO DELGADO, Moçambique, que por estes dias marcam as agendas dos telejornais são verdadeiramente terríveis. Chocantes os relatos feitos pelos sobreviventes das chacinas perpetrados por terroristas do Daesh. Mas a vida humana não tem só um peso. Parece que o Mundo não valoriza as milhares de mortes e o drama que estas populações vivem. Até que a morte de alguns europeus desperta consciências e dá espaço nos media para esta guerra meio esquecida, talvez também por culpa dos governantes Moçambicanos que têm mostrado reserva em pedir ajuda militar internacional. Fundamental é que a ajuda humanitária chegue aos muitos milhares de deslocados, como aquela mãe que palmilhou cem quilómetros com dois filhos pela mão e um bebé ao colo. Sem alimentos e bebendo apenas água do chão. Querem melhor exemplo de capacidade de superar situações que estão no limite da resistência humana? Por esta mulher e todas as outras vítimas temos de fazer despertar consciências e criar dinâmicas de solidariedade.

NUM MOMENTO QUE MARCELO considerou como histórico e que ele espera ser irreversível, assim se cumpram as regras de comportamento social dos novos tempos pandémicos, iniciou-se esta segunda-feira a segunda fase do desconfinamento. Foi o regresso ao ensino presencial da maior parte da população escolar, a abertura do pequeno comércio e das esplanadas. Não sabemos se o número de clientes das lojas atingiu a expetativa dos comerciantes, mas foi visível e sentida a alegria e descompressão que se sentia na cidade, com as esplanadas cheias, acreditamos que no respeito pelas devidas regras de proteção. Num país de tanto sol, as esplanadas com gente dão outra cor às cidades.

07/04/2021
 

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