MOÇÃO APROVADA POR UNANIMIDADE
Biblioteca pode vir a ter horário de funcionamento alargado
A Biblioteca Municipal de Castelo Branco pode ter o seu horário de funcionamento alargado. Uma moção nesse sentido, subscrita por todas as forças partidárias representadas na Assembleia Municipal de Castelo Branco foi apresentada e aprovada, por unanimidade, na sessão deste órgão, na sessão realizada na passada sexta-feira, 30 de abril, pelo que a decisão está agora nas mãos da Câmara de Castelo Branco.
No documento é recordado que a Biblioteca está “aberta apenas durante os dias úteis, das 10 horas às 18h30 e encerra ao sábado e domingo”, pelo que “tendo em consideração que a cidade de Castelo Branco acolhe diversos estudantes, de vários níveis de ensino, do não Superior ao Superior, este horário de funcionamento tem-se revelado insuficiente e desadequado, quando confrontado com as necessidades da comunidade estudantil”.
Por isso é proposto que “o horário de funcionamento da Biblioteca seja alargado a título permanente, e especialmente alargado durante as épocas de frequências e exames”, uma vez que “este ajustamento facilita o acesso dos estudantes ao equipamento municipal, sendo especialmente útil para tantos quantos, nas suas habitações, não reúnem condições que promovam o sucesso escolar, especialmente prejudicados pelas consequências da pandemia de COVID-19”.
A moção solicita que a Assembleia “recomende à Câmara o alargamento do horário de funcionamento da Biblioteca, em moldes a serem definidos após a consulta do Conselho Municipal de Educação e do Conselho Municipal de Juventude”.
Mas vai ainda mais longe ao realçar que “esta deve ser entendida como uma medida transitória, devendo a Câmara caminhar no sentido de instalar centros de estudo permanentes e com lotações adequadas, não apenas na cidade, bem como nas freguesias onde o investimento se justifique, em linha com as melhores práticas adotadas em cidade de média e grande dimensão com tradição académica”.
Esta não foi, no entanto, a única moção que teve como pano de fundo a educação. Tudo, porque outra, também subscrita por todos os partidos e também aprovada por unanimidade, congratula o Agrupamento de Escolas Nuno Álvares pelo 75.º aniversário da Escola Secundária Nuno Álvares.
Neste caso, tendo em consideração que os 75 anos se completaram no passado domingo, 2 de maio, é recordado que “podemos perceber que esta escola, inaugurada a dois de maio de 1946, resulta de uma deliberação, bem como de uma construção realizada em plena II Guerra Mundial. Numa pequena cidade do Interior, apesar de ser capital de distrito e já ter o Liceu desde 1836, é hora de reconhecer a visão de futuro que os decisores da época tiveram a favor de Castelo Branco. Ficaram a ganhar o Concelho, o Distrito e as suas gentes, com uma obra que com um mínimo de manutenção chegou aos nossos dias”.
É igualmente sublinhado que, “sem ela, dificilmente as dificuldades sentidas ao longos dos tempos seriam transformadas em oportunidades para todos aqueles que por ela passaram. Oportunidades essas que permitiram que as gentes deste distrito, e particularmente os Albicastrenses, obtivessem qualificações capazes de levar Castelo Branco a todo o Portugal e, mais ainda, a todo o Mundo”.
Tudo para concluir que, “hoje, requalificada, modernizou-se e está pronta a oferecer às novas gerações uma escola mais moderna, mais inclusiva e, sobretudo, mais acolhedora, para todos os que ali estudam e trabalham”.
Durante a sessão da Assembleia Municipal foi destacado o papel importante que a Câmara de Castelo Branco teve para a concretização das obras de requalificação da Escola, sendo que, mais à frente, o presidente da Câmara, José Augusto Alves, revelou que “ainda não estão concluídas”, porque outros melhoramentos serão concretizados, acrescentando ainda, em termos gerais, que a autarquia “já investiu cerca de seis milhões de euros na requalificação dos quatro agrupamentos de escolas do Concelho”.
Na sessão da Assembleia foi adianta apresentada uma moção, com um voto de saudação ao 1.º de Maio. Moção apresentada pelo Bloco de Esquerda (BE) e que foi aprovada apenas com uma abstenção do CDS/PP.
IC31 regressa
à Assembleia
O Itinerário Complementar 31 (IC31) voltou a estar no centro das atenções na sessão da Assembleia Municipal depois da polémica surgida em torno da sua construção, pelo facto de ter sido retirado do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), com o Governo a garantir, posteriormente, que avançará, mas com financiamento nacional.
Um tema sobre o qual o presidente da Câmara, José Augusto Alves, destacou que “o IC31 é uma necessidade para o País, não é só uma necessidade da Região. Para a região é essencial”, sublinhando que para a Região o IC31 é importante pela “centralidade ibérica” que lhe confere, para concluir que “queremos que o IC31 seja feito. E será feito, de certeza absoluta”.
Entre outros temas, João Pereira, do Partido Socialista (PS), questionou como está a expansão do Regadio da Cova da Beira a Sul da Gardunha. Uma temática sobre a qual, já no final da sessão, o presidente da Assembleia Municipal, Arnaldo Brás, deixou um desafio à Câmara de Castelo Branco, no sentido de proceder “a um esclarecimento cabal sobre o Regadio a Sul da Gardunha”.
Ainda com a Serra da Gardunha como cenário, Eliseu Pereira, do Partido Social Democrata (PSD), abordou a situação em que se encontra o Colégio de São Fiel e a Colónia de Férias de Média Altitude, alertando para a sua degradação e para a perda de um património importante.
António Tavares