Edição nº 1693 - 2 de junho de 2021

PARCERIA ENTRE A CÂMARA E A ASSOCIAÇÃO DE ESTUDOS DO ALTO TEJO
Terreno do futuro Estaleiro Municipal é alvo de intervenção arqueológica

A Câmara de Vila Velha de Ródão, com o apoio da Associação de Estudos do Alto Tejo (AEAT), durante a segunda quinzena de maio, no âmbito da terraplanagem do futuro Estaleiro Municipal, localizado no perímetro industrial de Vila Velha de Ródão, nas duas margens do Ribeiro do Enxarrique, promoveu uma sondagem arqueológica, de modo a caracterizar e preservar o património arqueológico em contexto de obras municipais.
Este tipo de intervenção é exigido por lei sempre que haja sítios arqueológicos nas proximidades, como é o caso dos terrenos da Navigator, onde, em 2014, aquando da ampliação da fábrica de papel, foi identificada a Estação Arqueológica de Cobrinhos, na qual se encontrou um vasto conjunto de artefactos datados do Paleolítico Médio, que documentam a presença do homem de Neandertal no território que é hoje o Concelho de Vila Velha de Ródão.
Realizados pela AEAT, em estreita colaboração com os serviços técnicos da Câmara e em articulação com a Direção Regional de Cultura do Centro, os trabalhos permitiram identificar, na margem esquerda do Ribeiro do Enxarrique, a existência de materiais superficiais dispersos do período do Paleolítico Médio, sobretudo núcleos e lascas em quartzito, que resultaram provavelmente da área de ocupação do sítio de Cobrinhos.
Nesta margem, foram ainda encontrados vestígios contem-porâneos de uma horta e de estruturas de apoio à atividade agrícola, datados dos anos 30 a 50 do Século XX, e de um palheiro assinalado na carta militar e sepultado por depósitos de terra resultantes de intervenções em outras unidades industriais.
Já na margem direita, foi possível identificar uma via murada contemporânea em mau estado de conservação, construída segundo a técnica tradicional de argila e blocos de quartzito e xisto. Após a sua caracterização, foi feito um levantamento fotogramético e duas sondagens perpendiculares à via, estando a ser equacionado o seu restauro e integração no novo Estaleiro Municipal.
Para além do acompanhamento diário com registo fotográfico e recurso a meios aéreos e topográficos, sempre que necessário, esta intervenção arqueológica permitiu a recolha de dados para memória futura, no sentido de compreender o potencial científico e patrimonial deste espaço, sem compro-meter a construção do novo Estaleiro Municipal.

02/06/2021
 

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