ENCERRADA DESDE 1998
Antiga escola do Vale da Ursa pronta para acolher novos utilizadores
A reconversão da antiga Escola Primária do Vale da Ursa foi inaugurada a 13 de junho, Dia do Município de Proença-a-Nova, marcando uma nova etapa na vida do edifício que se encontrava encerrado desde 1998, data em que fechou portas por ter apenas três alunos. Longe dos anos em que chegaram a ser quase meia centena, as duas salas foram reconvertidas em alojamento local, numa obra realizada com a prata da casa, uma vez que tanto o projeto de arquitetura como toda a parte de construção, eletricidade, canalização, pavimentos e arranjo dos espaços verdes foram feitas pelas várias equipas da Câmara, com o presidente da autarquia, João Lobo, a destacar o seu “empenho e dedicação”.
Adicionalmente, vários empresários locais, que estudaram no edifício no seu percurso escolar, também executaram diversas obras, como a caixilharia e serralharia ou a instalação da cozinha. Os móveis interiores foram adquiridos em lojas do Concelho, havendo igualmente pequenos apontamentos decorativos em madeira realizados pela carpintaria da autarquia.
Por esse motivo, João Lobo referia-se orgulhoso, por todos estes diferentes contributos, e contente, “não só pela inauguração da obra, mas por aquilo que a obra pode trazer ao Vale da Ursa e ao Concelho”.
Contextualizando o fecho da escola com a questão demográfica, João Lobo espera que este equipamento tenha capacidade de “trazer de facto gente ao Vale da Ursa, de ser um veículo de promoção do Concelho e da localidade através do turismo”, principalmente de todos aqueles que procuram a serenidade e tranquilidade do destino, como é o caso desta localidade, com vistas desafogadas sobre o pinhal.
Depois do Vale da Ursa, serão igualmente recuperadas antigas escolas em Vergão, Corgas e Fórneas, criando uma rede de oferta que pode servir o setor do turismo e os nómadas digitais, neste caso, assim que sejam ultrapassadas as questões de conectividade, esperando o autarca que o plano de resiliência e recuperação aloque uma verba para por fim a este tipo de desigualdades.
João lobo adiantou ainda que “estamos também a pensar nestes edifícios para residências de vida ativa, destinando-se a quem, muitas vezes, tem algum nível dependência, recorrendo a apoio domiciliário do ponto de vista da economia social que pode ser aqui ministrado, nesta localidade ou noutra qualquer”.
No caso do Vale da Ursa, será iniciado em julho o procedimento para cessão deste equipamento, à semelhança de outros que a Câmara dispõe, mediante publicação de aviso na página do Município.