POR SUSPEITA DE UM CRIME DE VIOLAÇÃO E QUATRO CRIMES DE COAÇÃO SEXUAL
Médico detido na Covilhã
A Polícia Judiciária (PJ), através do Departamento de Investigação Criminal da Guarda, deteve, na Covilhã, um médico, de 68 anos, como presumível autor de um crime de violação e quatro crimes de coação sexual, ocorridos ao longo dos últimos meses, em ambiente hospitalar e sobre três vítimas diferentes.
Na sequência da denúncia de uma das vítimas, foram desenvolvidas diversas diligências de investigação, as quais permitiram identificar o suspeito da prática dos crimes em causa, bem como as circunstâncias em que os mesmos ocorreram.
O detido, foi entretanto presente às competentes autoridades judiciárias e interrogado judicialmente, acabando submetido às medidas de coação de proibição de contactos com as vítimas e de suspensão do exercício de profissão e correspondentes funções médico hospitalares.
Entretanto, o Centro Hospitalar Universitário Cova de Beira (CHUCB) enviou um comunicado, no qual se pode ler que “no seguimento do comunicado de hoje (16 de julho de 2021) da Polícia Judiciária da Guarda, relativo à detenção de médico suspeito de ilícitos de índole sexual, na Covilhã, o Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira informa ter rececionado duas participações, formalizadas junto deste hospital, por duas utentes, as quais relatam factos, que podem configurar ilícitos dessa natureza”.
No comunicado adiantado que face ao exposto, e no âmbito das suas competências e atribuições, o Conselho de Administração determinou instaurar a abertura de processo de inquérito, para aferir da veracidade das mesmas, tendo para o efeito, e em prol do rigor e transparência que se impõem, nomeado um instrutor externo ao Hospital, proveniente da área jurídica.
Acrescenta ainda que “sem possibilidade de carrear prova sólida, relativamente aos factos apresentados pelas queixosas, foi deste processo dado conhecimento à Ordem dos Médicos, uma vez que, é da competência exclusiva desta Ordem, o conhecimento de presumível responsabilidade disciplinar dos médicos, bem como à Polícia Judiciária da Guarda, salvaguardando, desta forma, os direitos das utentes”.