LEOPOLDO RODRIGUES AFIRMA QUE CIDADE “PRECISA DE UM NOVO DESÍGNIO”
“Esta é a candidatura do Partido Socialista a Castelo Branco”
O candidato à Câmara de Castelo Branco pelo Partido Socialista (PS) nas eleições Autárquicas de 26 de setembro, Leopoldo Rodrigues, na apresentação da sua candidatura, realizada no passado sábado, 24 de julho, no auditório do Centro de Cultura Contemporânea de Castelo Branco (CCCCB), que contou, entre outros, com a presença do secretário-geral do PS, António Costa, fez questão de sublinhar, logo no início da intervenção, que “esta é a candidatura do Partido Socialista a Castelo Branco” e garantir que “estamos nesta candidatura para ganhar as eleições”.
Leopoldo Rodrigues defende que “Castelo Branco precisa de um novo desígnio. É preciso uma nova ambição, uma nova visão e uma nova energia, para enfrentar com sucesso os desafios do futuro”, sendo que “perante os novos desafios não podemos responder com as mesmas respostas de sempre”.
Assim, o candidato destaca que “não nos resignamos a ver partir as novas gerações de Albicastrenses, por não terem condições de criar os seus filhos na nossa terra, por aqui não terem condições de se realizarem profissionalmente, com empregos atrativos e salários que os satisfaçam”, apontando para “a criação de creches”, nas quais “comparticiparemos de modo significativo a frequência das nossas crianças, bem como nos estabelecimentos de Educação Pré-Escolar”.
De igual modo, “não nos resignamos a ver o nosso parque habitacional abandonado e degradado, sobretudo na Zona Histórica”. Matéria em relação à qual fica “o compromisso de construir anualmente pelo menos 100 novas habitações de renda acessível”.
O foco está também na atividade cultural, que “não tira pleno partido das magníficas infraestruturas que para esse fim foram construídas ao longo dos últimos 24 anos” e avança com o objetivo de “organização de uma bienal de artes que valorize os nossos criadores, que traga até nós criadores de outras latitudes, que seja motivo para atração de turistas culturais”.
Já com a atenção no emprego assegura que “queremos captar mais empresas. Empresas que possam criar mais emprego, melhor remunerado”.
Entre outros pontos definidos pela candidatura, Leopoldo Rodrigues enumera igualmente que “temos condições para fazer da nossa cidade uma capital do ambiente saudável”, assim como “queremos fazer de Castelo Branco um concelho na dianteira da transformação digital. Por isso proponho que Castelo Branco seja uma zona piloto para instalar a rede 5G”.
Isto ao mesmo tempo que quer que seja “uma verdadeira cidade das artes e da ciência. Para isso, vamos aproveitar fundos comunitários para construir no vale das Hortas do Ribeiro a Cidade das Artes e da Ciência”.
Mais à frente o candidato avançou com o propósito de avançar com “um ciclo de Fóruns Castelo Branco 2030, em que participará um conjunto alargado de especialistas e decisores, que trarão o conhecimento e a experiência para refletir sobre o futuro a médio e logo prazo do Concelho”.
Leopoldo Rodrigues, aproveitando a presença de António Costa, chamou ainda a atenção para “a necessidade de obras e investimentos de grande vulto, obras verdadeiramente estruturais, que são indispensáveis para a Região”, apontando “para a construção do IC31” que, garante, “terá para a mobilidade da Região uma importância tão grande como a A23, que, permita-me a sugestão, bem merece um dia ter o nome de António Guterres”.
Igualmente importante é considerada “a construção das barragens do Barbaído e do Alvito”, ao mesmo tempo que reitera a importância de “Castelo Branco como zona piloto da rede 5G”.
Leopoldo Rodrigues, já no final da intervenção, reafirma que “esta é a candidatura do PS. Sim. Mas é também a candidatura da cidadania Albicastrense que não se deixa apropriar por ninguém. De homens e mulheres livres que acreditam num futuro livre de peias e dependências e que não devem tributo a ninguém”.
Continuando nesta toada, o candidato sublinha que “esta é uma candidatura de proximidade com os cidadãos. Não é uma candidatura para alimentar egos, vaidade pessoal. Uma candidatura de lealdade e bons princípios. Não de revanchismo e retaliação contra as instituições, sejam elas judiciais ou democráticas. Uma candidatura de renovação e com uma visão estratégica para o futuro. Não de viciados no exercício do poder, que não concebem viver fora desse âmbito. Uma candidatura de pessoas responsáveis que se juntam em torno de ideias. Não é uma candidatura que se constitui em torno de uma pessoa carente de reconhecimento. Uma candidatura que se propõe resolver o problema das pessoas, dos mais novos e dos de mais idade. Não é uma candidatura lançada exclusivamente para resolver um problema individual”.
Na apresentação do candidato, o presidente da Federação Distrital de Castelo Branco do PS, Vítor Pereira, com esta questão como pano de fundo, afirmou que “vivemos tempos muito difíceis e estranhos”, devido à pandemia de COVID-19, para se referir à “inaudita conjuntura política local” no PS, reportando-se “à estranheza do ambiente político que se vive neste concelho (Castelo Branco)”, para destacar que é “surreal tudo o que está a acontecer”. Uma matéria em relação à qual confessa que “nunca pensei que me fosse passado algo como isto”, de-nunciando aspetos como “o egoísmo”.
Vítor Pereira que, no final, fez questão de frisar que “Castelo Branco é uma terra de socialistas que não tem faltado ao PS e a quem o PS também nunca faltou”.
Por seu lado, o mandatário da candidatura, Joaquim Morão, não esconde que estas Autárquicas representam “um desafio difícil”, mas garante que “estamos aqui, todos, para o ganhar” e reforça que “o PS tem em Castelo Branco um ambiente difícil, mas cá está o secretário-geral, António Costa, para nos apoiar”.
Joaquim Morão afirma que, “sempre, onde metemos a mão, sempre levamos por diante a nossa estratégia. Uma estratégia que começamos em 1995. Iniciamos aí um percurso glorioso. Em 1995 ganhamos as eleições Legislativas e em 1997 ganhamos as eleições Autárquicas”, para sublinhar que “ao longo destes 24 anos o trabalho do PS está patente. E é assim que temos que continuar”.
Joaquim Morão destaca que “o nosso candidato é Leopoldo Rodrigues. Foi esse que os órgãos do PS escolheram. Não haja dúvidas”.
Pelo meio Joaquim Morão afirma novamente que “as eleições de dia 26 de setembro são difíceis, mas não são impossíveis” e deixa um recado para “quem menospreza Leopoldo Rodrigues, por ser presidente de junta de freguesia”, para argumentar que “um presidente de junta adquire experiência para ser um bom presidente de câmara”.
Afinando pelo mesmo diapasão, António Costa frisa que “em castelo Branco só há um candidato do PS. Leopoldo Rodrigues e mais nenhum”, para garantir que “nenhum de nós é dono do PS. O PS é dos seus militantes”.
Assim, avança que “a Leopoldo Rodrigues é a quem cabe dar continuidade a esse grande trabalho iniciado por Joaquim Morão”.
O secretário-geral do PS destaca também “a importância das autarquias locais no desenvolvimento do território”, para falar na “importância de autarcas comprometidos com o futuro da sua terra, da sua região”, até porque, garante, “desenvolver Castelo Branco é desenvolver o Distrito de Castelo Branco. Desenvolver o Distrito de Castelo Branco é desenvolver a Região Centro e desenvolver a Região Centro é desenvolver todo o País”. Tudo isto, sem esquecer “o trabalho de equipa com os autarcas para corrigir défices demográficos”.
E na resposta à importância da construção do IC31, António Costa avança que essa possibilidade está de fora dos apoios europeus ou do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), para sublinhar que “em maio foi aprovada uma resolução, com financiamentos com fundos nacionais. Um é o IC31 entre Castelo Branco e Monfortinho”.
António Tavares