Edição nº 1702 - 4 de agosto de 2021

ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS 2021
Bloco de Esquerda quer reforço da representação nos órgãos autárquicos

O Bloco de Esquerda (BE) apresentou os candidatos à Assembleia Municipal, à Camara e à Assembleia de Freguesia de Castelo Branco às eleições Autárquicas de 26 de setembro, na passada sexta-feira, 30 de julho, na Praça Luís de Camões, na Zona Histórica da cidade, contando com a presença dos deputados José Manuel Pureza e Fabíola Cardoso.
Um momento político no qual o candidato à Assembleia de Freguesia, Sílvio Lopes, destacou a importância de “priorizar o contacto com os fregueses”, defendendo “uma Freguesia de portas abertas para resolução de problemas”, que “deve ouvir ideias e sugestões da população”.
De igual modo preconiza “uma Junta norteada pela transparência, com a descentralização das reuniões que devem ser transmitidas on-line”, bem como “um orçamento participativo, que deve ser promovido e concretizado com rigor”.
A isto acrescenta que deve ser “uma Junta que promova a sustentabilidade” e entre outros objetivos abordou “a reativação da Feira Medieval, no Castelo”.
Por seu lado, o candidato à Assembleia Municipal, José Ribeiro, começou por destacar que “o poder local é um dos pilares da democracia instituída no 25 de Abril”, para chamar a atenção para “o papel importante da Assembleia Municipal”, porque, assegurou, “o poder local democrático é a única forma de contribuirmos para o desenvolvimento da Região”.
José Ribeiro recordou de seguida a ação desenvolvida como deputado municipal, sendo esse o ponto de partida para alertar para a importância de “uma fiscalização do poder executivo”.
Pelo meio, frisou que “apelamos ao reforço da representação nos órgãos autárquicos”.
O candidato explicou ainda que a escolha da Praça de Camões para a apresentação da candidatura aconteceu, de modo a alertar para “a requalificação urgente e obrigatória da zona do Castelo”, não perdendo a oportunidade de se referir à situação difícil em que se encontra o Centro Artístico Albicastrense (CAA).
Já a candidata à Câmara, Margarida Paredes, destacou que, “devido à pandemia, estamos a viver uma crise social”, para defender “o aumento dos apoios aos mais carenciados”.
E já com a atenção centrada nos dados preliminares dos Censos 2021 avançou que “o Concelho de Castelo Branco perdeu 3.837 pessoas em 10 anos” e denunciou que “não há fixação de jovens no município enquanto houver empregos precários e empregos mal remunerados”. Por isso, defende, por exemplo, que “o Centro de Empresas Inovadoras (CEI), para ser eficaz, precisa de ser acompanhado de um grande pacote de apoios, para atrair jovens”.
Mas enunciou outros pontos, como a habitação, área em que falou na necessidade de “habitações renovadas no Concelho e na recuperação de casas em ruínas no Castelo, para alugar com rendas acessíveis”. Medidas que juntamente com “uma rede de transportes públicos, uma rede de ciclovias expandida e Internet nas aldeias, pode fazer a diferença”.
No centro das preocupações esteve também o clima e o ambiente, com a elaboração de “um plano de respostas às alterações climáticas; a requalificação do território e da floresta; proteger os recursos hídricos dos rios Tejo, Ponsul e Ocreza; o não ao desvio de água da Barragem da Marateca para o regadio”, sem esquecer “o fecho da Central Nuclear de Almaraz”.
Perante estas posições, José Manuel Pureza não hesitou em afirmar que “os três candidatos são gente de luta, de arrojo, de propósito que tem um trabalho feito”, referindo-se, em concreto “as trabalho feito pelo Bloco de Esquerda na Assembleia Municipal, ao apontar vícios que um poder arrogante vai tendo, mas também apontando propostas alternativas”.
Por isso, avançou que “não se parte do zero. É um caminho a continuar, no trabalho que foi feito” e defendeu que “precisamos de maior representação na Assembleia Municipal na Assembleia de Freguesia e na vereação da Câmara”.
De qualquer modo considera que “não podemos ignorar as outras candidaturas no Concelho”, avançando que “há uma diferença importante no Bloco de Esquerda, que vem para unir a esquerda, não para jogar entre divisões de grupos desavindos. É uma candidatura qualificada que enaltece a democracia, porque enaltece o essencial”.
E para exemplificar o que é essencial, José Manuel Pureza recordou que na tarde da passada sexta-feira, 30 de julho, se deslocou a Malpica do Tejo e “foi impressionante a mobilização popular junto ao portão que passou a proibir o acesso do povo áquilo que sempre foi do povo, um caminho de acesso ao Rio Tejo”. Tudo para defender que “o que sempre foi do povo pertence ao povo. Malpica é o essencial do que é esta campanha”.
Os dados preliminares dos Censos 2021 também estiveram em foco, com o deputado a realçar que “vêm confirmar aquilo que sabemos, o decréscimo da população do País é o decréscimo da população do Interior”.
José Manuel Pureza, entre outros temas, sublinhou ainda que “esta apresentação no centro histórico da cidade” aconteceu, porque “este é o mais importante património comum desta cidade”.
António Tavares

04/08/2021
 

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