O candidato do Partido Socialista (PS) à Junta de Freguesia de Castelo Branco nas eleições Autárquicas de 26 de setembro, José Dias Pires, apresentou na passada quinta-feira, 29 de julho, na alcáçova do Castelo Branco, a lista que o acompanha, bem como os principais pontos do seu programa.
José Dias Pires começou por realçar que “aceitei o desafiante convite que me foi feito”, por “querer-me comprometer com as minhas raízes” e por “sentir que tenho a obrigação de contribuir para o desenvolvimento da comunidade onde sempre trabalhei e na qual, ao longo dos últimos 50 anos, assumi responsabilidades profissionais, associativas, e culturais, das quais muito me orgulho”.
O candidato defende que “o nosso desígnio é estar próximo, ser os olhos, os ouvidos, o coração e as mãos daqueles que aqui vivem, mas sempre em conjugação estratégica com o executivo municipal”, sublinhando que “nem podia ser de outra maneira”.
Para desenvolver o seu programa José Dias Pires destaca a importância do trabalho em equipa, uma vez que, por exemplo, “só em equipa será possível integra o bom trabalho do executivo anterior, nomeadamente, A Freguesia Vai Por Si, A Teleassistência a Idoso, o Concurso Internacional de Poesia António Salvado Cidade de Castelo Branco, o Orçamento Participativo e a continuidade do apoio às atividades associativas, à cultura e ao desporto”.
E é “só em equipa” que avança com vários pontos do programa, como “o projeto em conjunto com a Câmara para a recu peração e dignificação do Bairro do Castelo”, tudo, para que “mobilizar os residentes nesse bairro para que participem no processo de recuperação da área urbana que deve ser a principal referência histórica na nossa cidade, e na potenciação de um espaço condigno para receber os que nele queiram viver ou trabalhar e para que não aconteça o que levou o Centro Artístico Albicastrense à periclitante situação atual”.
A isto junta “a recuperação e dignificação do Parque de Campismo, assim como recuperar e recolocar o espólio do sempre adiado Museu Académico”.
Aponta também para “a prática do Voluntariado Comunitário no projeto integrado dar é Receber, não esquecendo “a promoção e divulgação do pequeno comércio local, com o projeto Bons Vizinhos”, ou as “atividades de Educação na Cidadania, através da promoção da Escola de Pais, a Escola de Cuidadores e a Escola de Proteção Civil”, que deu a conhecer.
Uma lista de propostas que passa também pelo “apoio aos casais jovens através do projeto Tomar Conta, ao que acrescenta a promoção do Pedalar Sem idade, avançando de seguida para “as Semanas dos Bairros, para dar a conhecer à comunidade Albicastrense, através de mostra semestrais, as atividades associativas e comunitárias desenvolvidas nas diferentes áreas urbanas da cidade, incluindo nestas mostras os encontros Tradições e Inovações e o projeto Castelo Branco a Dançar.
Com os olhos na educação aponta para o Centro de Alfabetização Digital, abordando de seguida a promoção dos Jogos da Freguesia, a realização de uma Feira do Livro Infantil/Juvenil integrada no Festival Literário Fronteira, ou, ainda, “promover o espaço de provedoria on-line A Voz do Freguês.
Claro está que o programa inclui também “continuar a cuidar das aldeias anexas de Lentiscais e Taberna Seca, para mais à frente falar na criação da Banca das Aldeias Anexas no Mercado Municipal”.
Com a atenção centrada da população pretende concretizar o Fórum Portas Abertas para o Futuro, para “ouvir, integrar, dar visibilidade e fortalecer propostas ou sugestões comunitárias para a Freguesia de Castelo Branco”, ou a Convenção Bem Ambientar, “uma convenção bienal dos jovens para a defesa do ambiente”.
José Dias Pires apresentou igualmente a COMEÇ’ARTE – Escola das Primeiras Artes – Espaços de Aprender, Brincar e Jogar.
Por outro lado quer “apoiar a recuperação do Castelo Branco Bastard Rock – Festival d Bandas de Garagem” e em termos gastronómicos pretende criar O Nosso Prato na Vossa Mesa, para apresentação de pratos tipicamente Albicastrenses.
Entre muitas outras propostas está a realização das Caminhada do Triângulo, anualmente, para evidenciar o triângulo arqueológico de Castelo Branco, formado pelo Castelo, Monte de São Martinho e Senhora de Mércoles, e a Caminhada Dramatizada das Fontes, também anual, para valorizar as fontes Albicastrenses”.
José Dias Pires chama ainda a atenção para a importância “de uma vez por todas” proceder “a uma efetiva inclusão comunitária das pessoas com deficiência ou incapacidade, em busca da igualdade de oportunidades, em casa, no emprego, na cultura e no lazer”.
Na apresentação do candidato, o presidente da Concelhia do PS, Arnaldo Brás, adiantou que nesse dia ficou decidido que o candidato socialista à Assembleia Municipal de Castelo Branco é Jorge Neves, para falar também nas listas à Câmara e às 19 freguesias do Concelho, confessando que “a sua constituição não foi fácil, dadas as circunstâncias políticas que vivemos”, mas garante que “temos as melhores listas”.
No que respeita a José Dias Pires afirma que “é um Albicastrense, homem de cultura, que sabe o que quer para a cidade” e, pelo meio, refere-se também ao mandatário da candidatura do PS, Joaquim Morão, “o homem que revolucionou Castelo Branco”.
Joaquim Morão que faz questão de frisar que “o PS é o maior partido do Concelho, do Distrito de Castelo Branco e que, por isso, tinha que se apresentar em força a todos os órgãos. Teve problemas, mas ultrapassamo-los”. E com base nisso afirma que “José Pires e Leopoldo Rodrigues, são esses que o PS escolheu e são esses os candidatos do PS em Castelo Branco”.
Já o candidato do PS à Câmara de Castelo Branco, Leopoldo Rodrigues, realça que José Dias Pires “trouxe um programa de ação completo, a pensar nas pessoas e na sua qualidade de vida. Um programa que temos a certeza que virá mudar o Concelho de Castelo Branco, em especial a Freguesia de Castelo Branco”.
Leopoldo Rodrigues deu também ênfase ao facto do PS “ter a preocupação de incluir nas suas listas um número significativo de jovens”, recordando, depois, alguns dos principais pontos do programa da sua candidatura como, por exemplo, “a devolução de parte do IRS, reduzir a fatura da água, requalificar a Zona Histórica, criar a Cidade da Ciência e das Artes no Vale da Europa”, não deixando de fazer uma referência ao emprego e à importância de atrair empresas.
O candidato à Câmara não esqueceu também “notícias que não são as mais agradáveis”, referindo-se aos dados preliminares do Censos 2021, para frisar que “não nos compete atribuir culpas ou apontar o dedo”, mas considerando que “o País e Castelo Branco viverão um problema gravíssimo se não invertermos esta situação”.
António Tavares

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