Edição nº 1703 - 18 de agosto de 2021

DO CONCELHO
Notas para a História de Vila Velha de Ródão dão a conhecer a história

A Casa de Artes e Cultura do Tejo, em Vila Velha de Ródão, recebeu, dia 28 de julho, a apresentação do livro Notas para a História de Vila Velha de Ródão (e do seu Concelho) 1165-1910, de Leonel Azevedo. Uma edição promovida pela Câmara de Vila Velha de Ródão e que reúne, pela primeira vez, dados sobre um período de quase 800 anos da história do Concelho.
Constituída por dois volumes, um dos quais dedicado exclusivamente à apresentação de anexos referentes a documentos e dados referidos no volume principal, a obra surgiu do desafio lançado ao autor pelo arqueólogo Francisco Henriques e pela Câmara de Vila Velha de Ródão e implicou uma longa e dedicada pesquisa, que incluiu a consulta dos arquivos regionais de Castelo Branco, Vila Velha de Ródão e Nisa ou dos arquivos nacionais da Torre do Tombo e da Biblioteca Nacional.
O presidente da Câmara, Luís Pereira, afirmou que “esta é uma obra que nos enche de orgulho e agradeço ao doutor Leonel Azevedo pela sua qualidade e rigor e pela disponibilidade que demonstrou para a concretização deste projeto tão importante para o Concelho”.
O autarca deixou também um agradecimento aos arqueólogos Francisco Henriques e João Caninas “pelo trabalho realizado em prol da história, património e cultura de Vila Velha de Ródão e pelo impulso dado para a concretização desta publicação”.
Acrescentou ainda que “trata-se de uma obra que vem resgatar do esquecimento e dar a conhecer uma parte substancial da história de Vila Velha de Ródão, que corríamos o risco de perder. Há obviamente ainda muito a fazer, mas o que está feito é um convite para outros olharem e desenvolverem”.
Maria José Martins, professora aposentada da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Lisboa, na área da Sociologia da Educação, que apresentou o livro, realçou que “estamos perante uma obra que assusta pela sua dimensão e ao mesmo tempo atrai pela sua beleza editorial e conceção gráfica, mas que é também de uma enorme qualidade historiográfica e cujo valor é impossível de determinar pois abre inúmeros caminhos”.
Para Maria José Martins, que desde 2007 se tem dedicado a atividades no âmbito da história local do Concelho, a que está ligada pelas suas origens pessoais, familiares e culturais, este é “um trabalho de fôlego de um historiador curioso e laborioso, que jamais poderá ser ignorada, na medida em que é um desafio para quem quiser estudar monograficamente alguns temas que aqui estão tratados”.
Referindo que se tratou de um trabalho que o levou a percorrer o território do Concelho nos últimos dois anos e a metamorfosear-me em mais um cidadão de Ródão, Leonel Azevedo considerou a sua obra “uma pequena peça de um grande puzzle que jamais terminará”. Para o autor, “aquilo que ficou por fazer é incomensurável em relação ao que está feito, mas se este trabalho tem uma virtude é a de abrir portas para que outros possam investigar a história do Concelho”.
Se no caso de Vila Velha de Ródão o trabalho foi dificultado pelo facto de, em 1857, um incêndio ter destruído grande parte do cartório da Câmara Municipal, Leonel Azevedo referiu, no entanto, que existem “outros fundos e imensas fontes primárias disponíveis à espera de serem trabalhadas por quem se interessar” e desafiou os rodanenses a ler a sua obra e a inspirarem-se nela para continuarem este trabalho de regaste da sua história.

18/08/2021
 

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