PROGRAMA ELEITORAL APRESENTADO
Leopoldo Rodrigues destaca “conjunto de ideias e compromissos que têm sustentação económica”
A candidatura do Partido Socialista (PS) à Câmara de Castelo Branco nas eleições Autárquicas do próximo domingo, 26 de setembro, liderada por Leopoldo Rodrigues, apresentou, na passada quarta-feira, 15 de setembro, o programa eleitoral, sendo destacado que “a primeira tarefa é fazer as pessoas acreditar naquilo que é Castelo Branco”. Naquele que classifica como um “objetivo de intervenção imaterial”, Leopoldo Rodrigues defende que “é preciso os Albicastrenses gostarem da sua terra, se identifiquem com os seus projetos”.
A par disto destaca a importância que “haja vontade, determinação e entrega à causa pública”, para avançar que o programa representa “um conjunto de ideias e compromissos que têm sustentação económica”.
Leopoldo Rodrigues realça que “nos apresentamos a estas eleições para um primeiro mandato, para depois dar sequência e continuar nos mandatos seguintes”, uma vez que, sublinha, “não estamos limitados por questões legais ou políticas para o fazer”.
O programa está delineado em cinco eixos, que são a Qualidade de Vida – Investir nas Pessoas; Ambiente e Território; Educação, Formação e Cidadania; Arte, Cultura e Património; Economia e Sustentabilidade.
No primeiro eixo os objetivos passam por “creches gratuitas e Educação Pré-Escolar comparticipada para todas as crianças do Concelho de acordo com regulamentação específica a criar; devolver gradualmente, o valor do IRS afeto à autarquia às famílias Albicastrenses; construir um novo Centro de Saúde em Alcains, com novas valências, bem como avançar com a construção de um Centro de Medicina de Reabilitação, que seja uma referência nacional e internacional, e melhorar o acesso das populações, nomeadamente nas freguesias rurais, aos cuidados de saúde primários; criar a Estratégia Local de Habitação, recuperar e construir habitações para arrendar a custos acessíveis; implementar uma agenda desportiva em colaboração estreita com o movimento associativo e apoiar os cidadãos mais velhos através de políticas municipais de bem-estar, promover a realização regular de eventos desportivos, em várias modalidades, de âmbito nacional e internacional, potenciando a prática desportiva e o turismo desportivo; complementar a rede de centros de dia, apoio ao domicílio e estruturas residenciais para idosos”.
Na vertente do Ambiente e Território é apontado “projetar a construção da Barragem do Barbaído e recuperar as principais linhas de água do Concelho com destaque para o Rio Ocreza, o Rio Ponsul e os seus afluentes”, bem como “promover a reflorestação do Concelho”, a par de “reorganizar a rede de transportes urbanos e municipais e criar um sistema de transporte flexível, a pedido, em articulação com os operadores locais e os executivos das juntas de freguesia; reduzir o valor mensal da fatura da água e criar o Centro de Ciência Viva sobre a temática da água, em Casal da Serra; construir a ecopista Cebolais de Cima/Retaxo/Benquerenças/Castelo Branco/Alcains; implementar um sistema integrado de recolha e valorização de bioressíduos adaptado às especificidades das freguesias e da cidade”.
O terceiro eixo preconiza “garantir aos agrupamentos de escolas a resposta oportuna às suas necessidades correntes e futuras, no âmbito do processo de transferência de competências neste domínio para a autarquia”, assim como “diagnosticar as necessidades pedagógicas dos agrupamentos de escolas e promover a aquisição de kits pedagógicos para valorizar o processo de ensino e de aprendizagem”. Objetivos aos quais junta “criar um programa especial de recuperação de aprendizagens em contexto de pós-pandemia; melhorar a rede de oferta formativa dos cursos de Ensino profissional e potenciar a resposta às necessidades do mercado de trabalho envolvendo as instituições escolares públicas e privadas; desenvolver a cultura de empreendedorismo; criar, finalmente, o Museu Académico, com o objetivo de valorizar o património escolar e a sua materialidade histórica; reforçar a colaboração com o Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB) no respeito pela sua autonomia científica, pedagógica e financeira, promovendo o princípio da coesão territorial”.
Um eixo também considerado importante é o da Arte, Cultura e Património, para o qual é definido “requalificar, numa perspetiva integrada e multifuncional, a Zona Histórica de Castelo Branco procurando integrar todos os museus na Rede Portuguesa de Museus; valorizar particularmente o Museu Francisco Tavares Proença Júnior; promover a criação de um projeto de prospeção e intervenção arqueológica para o Concelho; construir a Cidade das Artes e da Ciência; potenciar o Prémio Internacional de Poesia António Salvado Cidade de Castelo Branco e o Festival Literário Fronteira aprofundando a sua atual incidência, única no país, na literatura infantil e juvenil; promover a Bienal Internacional de Artes de Castelo Branco na cidade e nas freguesias; criar um Festival de Teatro Infantil e afirmar Castelo Branco como cidade amiga da criança”.
As atenções estão também centradas no eixo da Economia e Sustentabilidade, com “a implementação da rede 5G em todo o Concelho; investir fortemente no turismo, pelo que se pretende uma forte aposta no turismo de natureza, turismo cultural, turismo de gastronomia e turismo desportivo; propor a construção de um novo hotel no centro de Castelo Branco inspirada na traça do antigo Hotel Turismo; promover a candidatura de Castelo Branco a cidade criativa das artes da UNESCO; apostar na captação e na criação de emprego, nomeadamente no setor da indústria do frio, na indústria automóvel, nas indústrias criativas e culturais, na área da programação e das TICE, bem como nos produtos endógenos; criar o Centro de Interpretação do Queijo de Alcains; aprofundar a relação com os produtores locais valorizando os recursos endógenos e colocar ao serviço destes as instituições afetas à autarquia, como o InovCluster e o CATAA, de modo a potenciar a sua participação em feiras e certames nacionais e internacionais”.
António Tavares