Edição nº 1712 - 20 de outubro de 2021

António Tavares
Editorial

Os números não mentem e são alarmantes. De acordo com dados revelados recentemente, em Portugal, em 2019, havia mais de 1,6 milhões de pessoas a viver abaixo do limiar de pobreza, pois viviam com menos de 450 euros por mês.
Mais, dois milhões de pessoas estão em risco de pobreza e exclusão social, em pleno Século XXI.
Estes números, que são muito mais que isso, pois são pessoas que vivem em Portugal, foram conhecidos, na sequência do Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza, que foi assinalado no passado domingo, 17 de outubro.
E, destaque-se, estes são os números mais recentes, que se reportam a antes da pandemia de COVID-19. Ou seja, devido a todos os problemas originados pela pandemia, esses valores serão, em princípio, bem mais elevados, uma vez que, como é do conhecimento geral, além da vertente ligada à saúde, um dos maiores problemas que teve um crescimento assinalável foi o do desemprego.
Tudo isto, faz com que cada vez mais o combate à pobreza, que já era uma prioridade, pelo menos nas palavras e no papel, a nível político, seja, definitivamente, um problema que esteja na ordem do dia e conheça medidas vigorosas no terreno. Tudo, para que a pobreza, muitas vezes escondida, por motivos de vergonha, não se torne numa pandemia, não apenas em países em vias de desenvolvimento, onde é uma dura e esmagadora realidade, mas também em países que se dizem desenvolvidos, mas que realmente só o serão quando a dignidade humana estiver acima de outros valores.

20/10/2021
 

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