Castelo Branco vai receber, no próximo outono, o primeiro encontro ibérico de sociedades de amigos dos museus, numa organização da Junta de Freguesia de Castelo Branco, da Sociedade dos Amigos do Museu Tavares Proença Júnior e da Federação dos Amigos dos Museus de Portugal.
Para o presidente da Junta, José Dias Pires, em tempos em que os museus se revelam como espaços de resistência cultural face aos fenómenos da globalização “é muito importante o fortalecimento da ligação com as suas comunidades na procura da emergência de identidades que a afirmem o local sempre aberto ao Mundo. Este encontro possibilitará uma troca de experiências daquilo que consideramos ser uma verdadeira museologia social para além de afirmar a cidade como um nó de relevância nas dinâmicas museológicas contemporâneas”.
A divulgação do encontro ocorreu durante uma reunião técnica entre elementos da Sociedade de Amigos do Museu Tavares Proença Júnior e a Junta, onde também foram contratualizados dois projetos que envolverão o estudo e a divulgação do património cultural da Freguesia, a escavação de um edificado quinhentista da Zona Histórica Albicastrense e a elabo ração da Carta Arqueológica da Freguesia de Castelo Branco.
Para Pedro Salvado, vice-presidente da Sociedade, “a tónica na arqueologia afirmará a raiz cientifica do Museu de Castelo Branco. Tavares Proença é o pai da arqueologia da Beira Baixa e será desenvolvida numa perspetiva de, arqueologia comunitária e colaborativa”.
Hermann Scheufler, presidente da Sociedade de Amigos, afirma que esta colaboração com a Junta de Freguesia reforça e aumenta responsabilidade da associação. “O primeiro local da ação do Museu é a cidade e a Freguesia. Acredito que em conjunto contribuiremos para a elevação do museu centenário e também para a salvaguarda do património e da identidade Albicastrense”.
Os projetos de trabalho serão estabelecidos através de protocolos de parceria entre a Sociedade e a Junta.

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