APRESENTAÇÃO DE LEITURAS VÁRIAS COM ARAGENS DE CIDADE
Obra “celebra a poesia feita por palavras e por imagens”
O livro Leituras Várias com Aragens de Cidade, que reúne as palavras de António Salvado e os desenhos de Carlos Matos, conjugadas com o design gráfico de Paulo Veiga, foi apresentado na passada sexta-feira, 11 de março, na Fábrica da Criatividade, em Castelo Branco.
Na apresentação da obra editada pela Câmara de Castelo Branco, Carlos Matos recordou “o convite de António Salvado, em plena pandemia, em pleno confinamento”, para realçar que “é um privilégio extraordinário poder ter desenhado e António Salvado escrever sobre esses desenhos”.
Carlos Matos aproveitou também para agradecer à Câmara e destacou que “o Paulo Veiga tornou este livro em poesia visual”.
Presente no lançamento do livro, o presidente da Junta de Freguesia de castelo Branco, José Dias Pires, realçou que a obra “celebra a poesia, a poesia feita por palavras e por imagens” e sublinhou que “o poeta e a palavra têm uma relação profunda, fundamental”, acrescentando que “a arte de escrever é uma arte complexa, mas também é uma arte completa”.
Tudo isto, para garantir que “neste livro vão sentir o pulsar de Castelo Branco, através das palavras de António Salvado e das imagens de Carlos Matos”.
Para José Dias Pires o que encontra na obra são “palavras de vida, são vivência, são o amor”, não deixando de fazer uma alusão “ao mundo imaginário, ao mundo real dos poetas”, referindo-se a António Salvado.
Por outro lado, afirmou que “Carlos Matos é cada vez mais perfeito a ler o que nos rodeia. É um leitor de lugares”.
Isto para avançar que “a relação entre o artista e a imagem, quando se junta à poesia, surge a arte policromática que encontramos neste livro”.
José Dias Pires referiu-se também a Paulo Veiga, “o designer, o desenhador de livros. Um trabalho muito complexo, difícil”, mas que considera que “foi facilitado”, por António Salvado e Carlos Matos.
Por seu lado, o presidente da Câmara de Castelo Branco, Leopoldo Rodrigues, dirigindo-se a António salvado, começou por frisar que “apreciamos a sua obra, o seu caráter”, para afirmar que “António Salvado, às vezes, é um pouco ansioso e incompreendido. Sei que está ansioso com um projeto, que é o da casa onde viveu”.
E, recordando que comemorou há pouco dias 86 anos, Leopoldo Rodrigues garantiu que “a Câmara cumpre as suas promessas. Honra os seus compromissos, para isso seja uma realidade, com um espaço dedicado a António Salvado e à obra de António Salvado”.
Já com o foco em Carlos Matos afirmou que “os desenhos interpretam a cidade, as nossas vivências. É um observador do real e, por vezes, leva-nos para além do real, até ao imaginário”.
Na apresentação da obra, que no início contou com um momento musical, por um sexteto da Escola Superior de Artes Aplicadas (ESART) de Castelo Branco, António Salvado, depois da leitura de alguns poetas do livro, por Maria da Luz, fez questão de afirmar que não estava ali para falar sobre o que escreveu, revelando-se emocionado pela leitura dos poemas, ao não esconder que “me vieram as lágrimas aos olhos”.
António Tavares