NA BIBLIOTECA EGAS MONIZ
Aulas de António Salvado continuam
A Biblioteca Egas Moniz, da Escola Secundárias Nuno Álvares (ESNA), recebeu a quarta Aula de António Salvado, com o poeta Albicastrense a recordar a existência do indo-europeu, língua (hoje reconstituída) única falada em espaço que ia do território da Índia à Europa Ocidental, e a ramificação desta língua em vários segmentos, um dos quais, o segmento itálico que engloba a língua falada no Lácio, o latim.
De seguida referiu-se à ocupação da Península Ibérica pelas legiões romanas e gentes de baixa condição que as acompanhavam, todas a falarem um latim vulgar, muito diferente daquele que era ensinado nas escolas de Roma: Refira-se que António Salvado não esqueceu o facto que, antes dos Romanos, a Península Ibérica já suportava a invasão dos Celtas, dos quais a língua portuguesa também receberá contributo lexical. Com origens tão humildes, a língua portuguesa, que derivava do latim vulgar, tornar-se-ia língua da mais alta qualidade expressiva pelo talento dos seus utilizadores-escritores e, mais tarde, uma língua de expansão por todo o Mundo.
António Salvado referiu-se também ao contributo lexical dos Visigodos, dos Muçulmanos, dos Francos, à riqueza proporcionada por neologismos, pela revivificação de arcaísmos.
Apresentou, de depois, as linhas norteadoras da história da poesia portuguesa, que preencherão os conteúdos das próximas aulas. De referir, apenas, a revelação de algumas tónicas dessas aulas futuras, como é o caso da contradição da influência provençal na poesia trovadoresca; a aula consagrada ao poeta Albicastrense João Roiz de Castelo Branco; as aulas dedicadas a Camões lírico, épico e dramaturgo; a originalidade da poesia gongórica; dois vultos do Século XVII: Rodrigues Lobo e Dom Francisco Manuel de Melo; o pré-romantismo com Bocage,; atenção particularizada para a poesia de Herculano, Garrett, Antero de Quental; os movimentos poéticos do Século XX: Orfeu e a Presença; Tendências atuais da poesia.