Edição nº 1751 - 20 de julho de 2022

NO PERÍODO RESERVADO À INTERVENÇÃO DO PÚBLICO
Obras na Associação de Diabéticos aquecem ânimos na Assembleia Municipal

As obras das instalações da Associação de Diabéticos da Beira Baixa, na Escola do Cansado, em Castelo Branco, fizeram aquecer os ânimos na sessão pública da Câmara de Castelo Branco realizada na passada sexta-feira, 15 de julho.
O tema foi inicialmente abordado pelo vereador da coligação do Partido Social Democrata/Centro Democrático Social – Partido Popular/Partido Popular Monárquico (PSD/CDS-PP/PPM), João Belém, no período de antes da ordem do dia, ao questionar “qual o ponto da situação” em relação à Associação, com o presidente da Câmara, Leopoldo Rodrigues, a responder que “inicialmente não havia projeto. Agora estamos a aguardar que os serviços abram o concurso, para depois as obras de realizarem”.
O tema seria retomado no final da sessão, no período reservado à intervenção do público, por Luís Barroso, que também pretendeu saber o ponto da situação, questionando se o executivo pretendia respeitar o contrato de comodato assinado com a Associação, bem como quando terão início as obras.
Por outro lado, acrescentou que “ao que parece o Município já disponibilizou algum espaço, do que lhes pertencia (à Associação de Diabéticos), à Associação 4 Corações e à Associação do Cansado, sem lhes ter sido dado qualquer conhecimento, o que os deixou apreensivos”.
Na resposta, Leopoldo Rodrigues afirmou que “as obras não podiam ser feitas sem projeto, que não havia”, e no que respeita ao contrato garantiu que é para cumprir, porque a “a Câmara é uma pessoa de bem”. Já quanto às obras, o autarca explicou que teve que “se fazer o projeto e agora vamos lançar o concurso”.
E foi no período reservado à intervenção do público que a discussão aqueceu. Tudo, porque os ânimos se inflamaram na troca de palavras entre Maria do Carmo Batista e Leopoldo Rodrigues, que tentou por fim à discussão ao interromper a intervenção e mandando desligar o microfone. Mesmo assim Maria do Carmo Batista não se calou e lá continuou a sua intervenção.
Recorde-se que em setembro do ano passado, ainda com José Augusto Alves na presidência da autarquia, foi assinado um contrato de comodato entre a Câmara e a Associação, no qual a primeira se compromete a realizar as obras de adaptação das instalações para a Associação de Diabéticos desenvolver o seu trabalho.
Quase um ano depois as obras não foram feitas e foi precisamente isso que Maria do Carmo Batista contestou de forma veemente.
Na resposta, Leopoldo Rodrigues, que assumiu a presidência da Câmara, após vencer as eleições Autárquicas de 26 de setembro de 2021, explicou que quando assumiu os destinos da autarquia, a 15 de outubro do ano passado, “não havia nenhum projeto para a requalificação da Escola do Cansado”, sendo que momentos antes na resposta Luís Barroso já tinha esclarecido que “foi feito posteriormente”. Tudo, para explicar que “não se pode fazer uma obra sem projeto e sem se lançar um concurso público”.
Leopoldo Rodrigues reiterou que “os procedimentos e o projeto foram feitos” e garantiu que “vamos agora lançar o concurso”.
Pelo meio, Maria do Carmo Batista, numa segunda intervenção, fez questão de fazer saber que, entretanto, tinha contactado o arquiteto e confirmado que “o projeto estava pronto”, denunciando a “informação que não é verdadeira, do presidente da Câmara”.
E foi nesta troca de palavras e com o tom e os ânimos a atingirem o rubro que a sessão acabou por terminar de forma abrupta.
De resto, a reunião o executivo foi tranquila, com a fase inicial a ser preenchida com a realização de hastas públicas respeitantes ao arrendamento de frações na zona de Devesa e à venda de lotes na Quinta da Torre, Quinta do Chaparral.
Já no período de antes da ordem do dia, Ana Teresa Ferreira, do SEMPRE – Movimento Independente, abordou a questão da construção do Itinerário Complementar 31 (IC31), para afirmar que “continuamos a defender o IC31 com perfil de autoestrada” e criticando “a falta de coragem do executivo do Partido Socialista (PS) para confrontar o Governo. Não é aceitarem o que querem (Governo), é lutar pelo que merecemos”.
Leopoldo Rodrigues refutou a crítica da falta de coragem e garantiu que mantém “a posição de sempre, que é a do IC31 com perfil de autoestrada”.
O tema foi retomado por Luís Correia, do SEMPRE, ao defender que “o IC31 é uma infraestrutura importantíssima para o Concelho de Castelo Branco, mas também para a Região Centro e para o País” e denunciou “a falta de coragem do Governo, por não querer concretizar uma mais-valia”.
Luís Correia recordou que “o executivo camarário já aprovou moções (a defender o perfil de autoestrada) ”, para defender que “deve ter posições diretas junto do Governo”.
António Tavares

20/07/2022
 

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