António Tavares
Editorial
O mês de agosto chegou ao fim e depois das férias é agora tempo de retomar as rotinas do dia a dia. O mês de setembro marca, para a grande maioria das pessoas, o regresso ao trabalho, depois de uns dias de descanso. Isto, enquanto para os mais novos representa o fim das férias de verão e o regresso à escola e aos estudos, para mais um ano letivo.
Ou seja, o Mundo continua a girar, indiferente a tudo e a todos.
Já na próxima terça-feira, 6 de setembro, é assinalado o Dia Internacional da Paz. Paz que é um dos melhores bens que as pessoas podem ter, mas à qual muitas vez não dão o devido valor, até sentirem a sua falta. É verdade que sempre houve guerras e certamente continuará a haver, como resultado de ambições desmedidas, de fanatismos, de interesses económicos e de muitos outros fatores.
A questão que se levanta, agora, é que uma das atuais guerras não se está a desenrolar lá longe, num qualquer país do Médio Oriente, de África, ou da América do Sul. Está a decorrer na Europa, depois da Rússia ter invadido a Ucrânia, já há mais de meio ano. Pois é, o fator proximidade é determinante, não só porque os tiros e as bombas são mesmo aqui, mas também porque se notam os seus efeitos na sociedade e na economia, como já não acontecia desde o final da Segunda Grande Guerra Mundial há 77 anos. Algo que muitos pensavam que não se repetiria na desenvolvida Europa, mas que a realidade veio provar que é possível, relembrando que não nada garantido, mesmo que se trate de princípios tão importantes como a paz e a liberdade.