SPZC analisa propostas do Ministério da Educação para o recrutamento de docentes
A Direção Distrital de Castelo Branco (DDCB) do Sindicato dos Professores da Zona Centro (SPZC) realiza, na próxima sexta-feira, 7 de outubro, a partir das 18 horas, na sede da União Geral de Trabalhadores (UGT), em Castelo Branco, um encontro para debater as posições do Ministério da Educação sobre os mais diversos assuntos, muitos deles polémicos junto de educadores e professores, que têm feito parte da agenda negocial dos últimos meses.
O Sindicato realça que “a lista de problemas é vasta e arrasta-se há muito. O tema que está na ordem do dia diz respeito à proposta de alteração do modelo de concurso, em especial a possibilidade de as escolas poderem recrutar um terço dos seus docentes defendida pelo ministro João Costa. O SPZC e a FNE têm chamado a atenção da tutela para o efeito perigoso que uma medida destas poderá/poderia originar no sistema, ao ser posto em causa o sacrossanto princípio da graduação profissional. Mas há outras matérias que causam mal-estar entre os docentes e que o presidente em exercício do SPZC, Manuel Teodósio, não deixará de comentar. A clamorosa e sistemática falta de professores nas escolas é um deles. Este facto repete-se não pela inexistência de profissionais habilitados, mas pela baixa atratividade da profissão. Outra falha grave e inexplicável é a falta de resposta do Ministério da Educação aos pedidos de mobilidade por motivo de doença do próprio docente ou de familiares. Não pode também ser esquecido o malfadado processo de avaliação do desempenho, a que se associa o sistema de quotas e vagas de acesso ao 5.º e 7.º escalões, que assenta na pura burocracia, na falta de transparência e origina tamanhas injustiças e arbitrariedades. E que dizer da perda do poder de compra, transversal aos trabalhadores da Administração Pública, pensionistas e reformados, que exige aumentos para 2023 que tenham em conta a inflação e os ganhos de produtividade”.