Edição nº 1762 - 12 de outubro de 2022

António Tavares
Editorial

Isto não é correto, ou minimamente moral. Pelo menos não o devia ser numa sociedade evoluída, em pleno Século XXI.
Estamos a falar do apoio do Governo, nomeadamente aos pensionistas, com o objetivo de se enfrentar a crise inflacionista que se está a viver.
O mal começa logo pelo próprio Governo que, numa análise nua e crua, não está a dar nenhum apoio aos pensionistas. Afinal, a meia reforma que estão a receber este mês, mais não é que dinheiro que deveriam receber no próximo ano. Ou seja, trata-se, pura e simplesmente, de um adiantamento, que ainda por cima certamente fará falta em 2023, pois tudo aponta para que o próximo ano não seja nada fácil.
Mas há mais, ao que tudo indica, embora dentro da Lei, os idosos que estão institucionalizados, mesmo dessa meia pensão adiantada apenas vão receber, na prática, uma pequena parte. Isto, porque as instituições já vieram a público informar que tal como acontece com a pensão mensal, também neste extra, entre 70 a 90 por cento, será para elas.
Resumindo e concluindo, para fique claro. O Governo não dá qualquer apoio, faz uma antecipação de pagamento. Um pagamento antecipado que, no caso de pessoas institucionalizadas, será absorvido pelas instituições que os acolhem.
No final, para que não restem dúvidas, do dinheiro que é seu os pensionistas receberão uma pequena migalha, com o Governo a fazer um brilharete político e as instituições, que embora apliquem o dinheiro para satisfazer as suas necessidades, a resolverem deste modo alguns problemas financeiros.
Não é justo!

12/10/2022
 

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