Edição nº 1772 - 21 de dezembro de 2022

POR UNANIMIDADE
Câmara aprova voto de pesar por Maria Manuel Viana

A Câmara de Castelo Branco aprovou, por unanimidade, na sessão do executivo realizada na passada sexta-feira, 16 de dezembro, um voto de pesar pela morte de Maria Manuel Viana, sendo também cumprido um minuto de silêncio.
O voto de pesar foi apresentado pelo executivo do Partido Socialista (PS) e mereceu a concordância tanto dos vereadores do SEMPRE - Movimento Independente, Luís Correia, Jorge Pio e Ana Teresa Ferreira, como do vereador da coligação Partido Social Democrata/Centro Democrático Social – Partido Popular/Partido Popular Monárquico (PSD/CDS-PP/PPM), João Belém.
Luís Correia destacou que Maria Manuel Viana “despertou a política cultural em Castelo Branco”, devendo-se a ela “o desenvolvimento cultural e de política cultura da Câmara de Castelo Branco” e sublinhou que “foi uma lutadora de causas sociais e foi uma excelente professora. Tive o prazer de ser aluno dela”.
Na mesma linha João Belém recordou que Maria Manuel Viana foi minha colega enquanto professora”, realçando que foi “uma excelente professora. Uma pessoa que cativava os alunos e que tinha grande empatia com eles”. Motivos que levam João Belém a defender que “devemos pugnar para que seja um exemplo na nossa atividade diária”.
Recorde-se que Maria Manuel Viana morreu segunda-feira, 12 de dezembro, aos 67 anos. Ao longo da sua vida, sempre muito ligada à cultura, Maria Manuel Viana foi professora, escritora, tradutora e manteve também uma forte relação com a política e com o Partido Socialista (PS).
Nasceu na Figueira da Foz, em 1955. Estudou Filologia Românica, na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Foi professora do Ensino Secundário durante 35 anos, na Figueira da Foz, em Castelo Branco e em Lisboa.
Foi em Castelo Branco que passou grande parte da sua vida, sendo coordenadora do Centro de Área Educativa (CAE), presidente da Comissão Distrital de Proteção de Menores, vereadora da cultura da Câmara de Castelo Branco, coordenadora do Gabinete para a Igualdade e candidata a deputada pelo Partido Socialista pelo Círculo Eleitoral de Castelo Branco.
Na área da literatura escreveu os romances A Paixão de Ana B. (2002, Alma Azul), A Dupla Vida de Mª João (2006, Teorema), Damas, Ases e Valetes (com Ana Benavente, 2007, Teorema), O verão de todos os silêncios (2011, Planeta), Teoria dos limites (2014, Teodolito), A geografia do mundo (2015, Alambique).
Também traduziu dois Prémios Nacionais da Crítica de Espanha: O dia de amanhã de Ignacio Martínez de Pisón e A filha do Leste, de Clara Usón, e Os belos dias de Aranjuez, de Peter Hanke.
António Tavares

21/12/2022
 

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