Edição nº 1791 - 3 de maio de 2023

COMEMORAÇÕES DOS 49 ANOS DO 25 DE ABRIL
Assembleia Municipal destaca importância da liberdade e da democracia

O Centro de Cultura Contemporânea de Castelo Branco (CCCCB) acolheu a sessão comemorativa da Assembleia Municipal, relativa aos 49 anos do 25 de Abril.
Na abertura da sessão, o presidente da Assembleia Municipal Jorge Neves, focado nos “49 anos da liberdade”, destacou que esta “é uma efeméride muito importante para que nos deixarmos contagiar com a ideia que é mais um feriado”.
Jorge Neves sublinhou que “liberdade e democracia são sempre tarefas inacabadas” e acrescentou que “temos muito a fazer, para termos o país que desejamos e que queremos”.
Ernesto Candeias Martins, do MPT, começou por afirmar que “celebrar Abril e a democracia é um regozijo grande” e recordou que “a democracia portuguesa suplantou 48 anos de ditadura”. Agora, continuou, “passados 49 anos é possível constatar o caminho que foi feito” e considerou que “Abril deu-nos futuro”. Daí que “comemorar Abril significa acreditar no futuro e não embarcar em desânimos”. Referiu ainda que passados 49 anos “há muitas coisas esquecidas que os políticos devem ajudar a a encontrar soluções” e defendeu que “ força se forja na luta”.
Por seu lado, João Ribeiro, do Chega, referiu-se ao 25 de Abril como “um momento marcante da história de Portugal”, para de seguida denunciar que “quem veio das províncias ultramarinas ainda se sente esquecido”. Depois comparou o passado e o presente, para referir, por exemplo, que “o poder de compra é cada vez menor”, bem como que “a dívida pública em 1974 era de 13 por cento e agora é de 114 por cento”. Pelo meio avançou que “a liberdade só foi totalmente conquistada com o 25 de Novembro”.
Miguel Barroso, da coligação Partido Social Democrata/Centro Democrático Social – Partido Popular/Partido Popular Monárquico (PSD/CDS-PP/PPM), considerou o 25 de Abril “um dia histórico que marcou o início de uma nova era para Portugal e para os Portugueses” e depois de uma referência ao primeiro Presidente da República eleito após a Revolução, o Alcainense Ramalho Eanes, sublinhou que “há 49 anos conquistamos a liberdade e a democracia”, o que o levou a deixar “um bem-haja a todos os que resistiram e lutaram contra um regime ditatorial”. Destacou igualmente que “a democracia não se funda numa data. Concretiza-se dia após dia”, para concluir que “a abstenção nas eleições reflete a descrença dos Portugueses”, até porque assegura que “está por cumprir a igualdade de oportunidade para todos os cidadãos e a coesão territorial”.
Também para António Fernandes, do SEMPRE – Movimento Independente, “a liberdade e a democracia são temas demasiadamente importantes para se desvalorizarem”, para defender que “os que nasceram em Portugal, em democracia, não podem desvalorizar”, e revelou “preocupação” em relação a questões como “o populismo e a desinformação”. Abordou o problema das “dificuldades sentidas atualmente”, para defender que “as promessas são para cumprir”.
Já Carla Massano, do Partido Socialista (PS), relembrou o papel de Mário Soares, para de seguida chamar a atenção para o facto que “uma das características das fotografias da Revolução do 25 de Abril é que as pessoas estão sempre a sorrir”. Para a socialista “celebrar Abril é celebrar a liberdade” e mais à frente referiu-se à questão do populismo, para assegurar que “a liberdade que não é cuidada é frágil. A liberdade não se renegoceia. Reescrever livros é lápis azul, é censura”. Frisou igualmente que “há muito Abril para realizar”, apontando, por exemplo, para “a desigualdade nos salários”, ou que “uma em cada quatro crianças vive em situação de pobreza” e saiu em defesa da “habitação e do trabalho e salários dignos”.
O presidente da Câmara de Castelo Branco, Leopoldo Rodrigues, depois de realçar que “há que lutar intransigentemente contra os que ameaçam a democracia”, focou-se no local, ao recordar que “tomamos posse há 1,5 anos”, para destacar “os compromissos que assumimos e e que estamos a cumprir” e assumir que “não podemos e não devemos cruzar os braços, quando há tanto para fazer (no Concelho)”, até porque “há que criar condições para atrair pessoas, para que os jovens se fixem, para fomentar a natalidade”, entre outros.
António Tavares

03/05/2023
 

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