TRIBUNAL CENTRAL ADMINISTRATIVO E FISCAL DO CENTRO EM CASTELO BRANCO
Moção critica reação do presidente da Câmara de Coimbra
A Câmara de Castelo Branco aprovou, por unanimidade, na sessão pública realizada na passada sexta-feira, 19 de maio, uma moção apresentada pelo Partido Socialista (PS) em resposta à reação do presidente da Câmara de Coimbra, no que respeita à instalação do Tribunal Central Administrativo e Fiscal do Centro em Castelo Branco.
Na moção é referido que “foi com perplexidade que, na sequência do anúncio da instalação do Tribunal Central Administrativo e Fiscal do Centro em Castelo Branco, assistimos às declarações, a esse respeito, por parte do presidente da Câmara de Coimbra. Foi particularmente chocante ver os mesmos argumentos que no passado recente foram usados para menorizar Coimbra, relativamente à possibilidade de lá se instalar o Tribunal Constitucional, serem reproduzidos, precisamente pelo responsável máximo do município Conimbricense, em relação a cidades do Interior, de menos dimensão”.
No documento pode ler-se que “não podemos subscrever uma visão que revela não ser contra o centralismo, mas apenas contra o centralismo que não seja em seu benefício. Pela nossa parte, lutando, e respeitando a luta de outros, para que possam ser descentralizadas instituições para os nossos territórios, respeitaremos sempre, e celebraremos em conjunto, todas as decisões que promovam uma maior coesão territorial, independentemente de serem em nosso benefício direto ou não. Temos de lutar para podermos todos crescer e desenvolver-nos, não para nos canibalizarmos mutuamente”.
E é com base nisso que é lançado um desafio, ao ser destacado que “instamos todos os municípios, em particular municípios importantes como Coimbra, a concentrarem os seus esforços em lutar pela descentralização de serviços e instituições que estão na capital para os seus territórios, em vez de procurarem impedir que serviços se instalem outras cidades, igualmente importantes para o desenvolvimento harmonioso do País, como Castelo Branco. Só assim, solidária e inteligentemente, podemos contribuir para o desenvolvimento do País de forma coesa e sustentável”.
António Tavares